“Não é a maioria dos travestis que se prostitui. Essa é a parte mais visível porque está nas ruas. Digo isso porque conheço uma infinidade de trans que trabalham em várias outras atividades, mas infelizmente, como as pessoas não conhecem, acreditam que todas as travestis se prostituem. Os motivos que levam uma travesti a se prostituir são muitos e bem complexos. Muitas não são aceitas pela família e, como não têm referência, acabam nas ruas, outras é por preguiça ou por falta da tal da consciência política. O brasileiro é muito acomodado quanto aos seus direitos. Por isso muitas trans ainda buscam a prostituição como forma de vida. Na Europa a realidade dos travestis europeus é completamente diferente, só se prostitui quem quer mesmo. Conheci trans que trabalhavam como garçonete, outra como trans engenheira nuclear. É uma questão de referência e da realidade do país onde se vive. Lá eles respeitam a cidadã transexual, aqui a realidade é bem outra. Mas as trans brasileiras devem tomar consciência e começar a lutar pelos seus direitos, tanto no estudo quanto no trabalho, e não mais acreditar que a prostituição é o único caminho que tem para viver.”
Entrevista ao site EspaçoGLS.
Tópicos
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1955–2010Citações relacionadas

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(1923–2012) cartunista, humorista e dramaturgo brasileiro.