“Minha mãe era uma pessoa silenciosa, capaz de dissimular-se entre os móveis, de perder-se no desenho do tapete, de não fazer o menor ruído, como se não existisse; contudo, na intimidade do quarto que dividíamos, ela se transformava. Começava a falar do passado ou a narrar suas histórias, e então o aposento se enchia de luz, desapareciam as paredes, dando lugar a incríveis paisagens, palácios abarrotados de objetos nunca vistos, países longínquos inventados por ela ou tirados da biblioteca do patrão; colocava a meus pés todos os tesouros do Oriente, a lua e mais ainda. reduzia-me ao tamanho de uma formiga, para eu sentir o universo a partir da minha pequenez, punha-me asas para vê-lo a partir do firmamento, dava-me uma cauda de peixe para conhecer o fundo do mar.”

—  Isabel Allende , livro Eva Luna

Eva Luna

Obtido da Wikiquote. Última atualização 21 de Maio de 2020. História

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“Não acredito que o poder tenha mudado as pessoas, que tenham se metamorfoseado ao tocarem os tapetes supostamente sagrados dos palácios. O poder não muda as pessoas, ele as revela.”

Heloísa Helena (1962) política brasileira

Em entrevista ao Jornal do Brasil http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/cadernob/2005/07/02/jorcab20050702005a.html, 03 de julho de 2005.

“Meus desenhos são feitos para serem vistos e não falados. A obra de arte tem de falar por si mesma.”

Mira Schendel (1919–1988)

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, em maio de 1978

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“Se existisse chapinha nos tempos da jovem guarda, vocês nunca teriam visto os meus caracóis.”

Roberto Carlos (1941) cantor e compositor brasileiro

Revelando que, assim como outros grandes cantores, costuma alisar o cabelo; como citado em Revista Istoé, 22.02.2006.
Atribuídas

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“Escrever é também não falar. É calar-se. É gritar sem fazer ruído.”

Ecrire, c'est aussi ne pas parler. C'est se taire. C'est hurler sans bruit.
Marguerite Duras, Écrire (Paris, Gallimard, 1993, p. 34), citado em "Fondements, évolutions et persistance des théories du roman‎" - Página 320, Andréas Pfersmann, Bernard Alazet, Université de Picardie. Centre d'études du roman et du romanesque - 1998 - 322 páginas

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