Frases de Søren Kierkegaard

página 9

“A vida só pode ser compreendida pelo passado; mas deve ser vivida para a frente.

Spanish:
La vida sólo puede ser entendida hacia atrás; pero debe ser vivida hacia adelante.”

“Faça-o ou não faça-o - irá arrepender-se de ambos.


Spanish:
Lo hagas o no lo hagas te arrepentirás como sea.”

“Acima de tudo, não se esqueça da obrigação de amar a si mesmo.”

“O tirano morre e o seu reinado termina, o martir morre e o seu reinado começa.”

“Nossa vida sempre expressa o resultado de nossos pensamentos dominantes.”

“É verdade quando a filosofia diz que a vida só pode ser compreendida olhando-se para trás. No entanto, esqueceram de outra frase: que ela só pode ser vivida olhando-se para a frente.”

“A vida só se compreende mediante um retorno ao passado, mas só se vive para diante.”

“A adversidade une os homens e produz beleza e harmonia nos relacionamentos da vida, assim como o frio do inverno produz os cristais de gelo nas vidraças, que desaparecem com o calor.”

“A fé não constitui, portanto, um impulso de ordem estética; é de outra ordem muito mais elevada, justamente porque pressupõe a resignação. Não é o instinto imediato do coração, mas o paradoxo da vida.”

“Era uma vez uma época, e ela não está muito longe, em que também aqui se podia fazer sucesso com um bocadinho de ironia, que compensava todas as lacunas em outros aspectos, favorecia alguém com honrarias e lhe dava a reputação de ser culto, de compreender a vida e o caracterizava ante os iniciados como membro de uma vasta franco-maçonaria espiritual. Ainda nos deparamos de vez em quando com um ou outro representante deste mundo desaparecido, que conserva este fino sorriso, significativo, ambiguamente revelador de tanta coisa, este tom de cortesão espiritual, com o qual ele fez fortuna em sua juventude e sobre o qual construiu todo o seu futuro, na esperança de ter vencido o mundo. Mas ah! foi uma decepção! Em vão procura seu olhar explorador por uma alma irmã, e caso a época de seu esplendor não estivesse ainda fresca na memória de um ou de outro, suas caretas permaneceriam um enigmático hieroglifo para uma época na qual ele vive como hóspede e estrangeiro.  Pois nosso tempo exige mais, exige se não um pathos elevado, pelo menos altissonante, se não especulação, pelo menos resultados; quando não verdade, pelo menos convicção, quando não sinceridade, pelo menos protestos de sinceridade; e, na falta de sensibilidade, pelo menos discursos intermináveis a respeito desta. Por isso, nosso tempo cunha uma espécie bem diferente de rostos privilegiados. Não permite que a boca se feche obstinada, ou que o lábio superior trema com ar travesso, ele exige que a boca fique aberta; pois como poderíamos imaginar um verdadeiro e autêntico patriota, senão discursando, o rosto dogmático de um pensador profundo, senão com uma boca que fosse capaz de engolir o mundo todo; como nos poderíamos representar um virtuose da copiosa palavra vivente, senão com a boca escancarada? Ele não permite que paremos quietos e nos aprofundemos; andar devagar já desperta suspeita; e como nos poderíamos contentar com isso no instante movimentado em que vivemos, não época prenhe do destino, que, como todos reconhecem, está grávida do extraordinário? Nosso tempo odeia o isolamento, e como suportaria que um homem chegasse à ideia desesperada de andar sozinho através da vida, esse nosso tempo, que de mãos e braços dados (como membros viajantes das corporações de ofício e soldados rasos), vive para a ideia da comunidade?”

“Quem alcançou neste mundo grandeza igual à dessa bendita mulher, a mãe de Deus, a virgem Maria? No entanto, como se fala dela? A sua grandeza não provém do fato de ter sido bendita entre as mulheres, e se uma estranha coincidência não levasse a assembléia a pensar com a mesma desumanidade do predicador, qualquer jovem devia, seguramente, perguntar: Por que não fui eu também bendita entre as mulheres? Se se não possuísse outra resposta, de forma alguma acharia ter de rejeitar esta pergunta, pretextando a sua falta de senso; porque, no abstrato, em presença de um favor, todos temos mesmos direitos. São esquecidos a tribulação, a angústia, o paradoxo. Meu pensamento é tão puro como o de qualquer outro; e ele purifica-se, exercendo-se sobre as coisas. E se não se enobrecer pode-se então esperar pelo espanto; porque se essas imagens foram alguma vez evocadas jamais poderão ser esquecidas. E se contra elasse peca, extraem da sua muda cólera uma terrível vingança, mais terrível do que os rugidos de dez ferozes críticos. Maria, indubitavelmente, deu à luz o filho graças a um milagre, mas no decorrer de tal acontecimento foi como todas as outras mulheres, e esse tempo é o da angústia, da tribulação e do paradoxo. O anjo foi, sem dúvida, um espírito caritativo, mas não foi complacente porque não foi dizer a todas as outras virgens de Israel: Não desprezeis Maria, porque lhe sucedeu o extraordinário. Apresentou-se perante ela só e ninguém a pôde compreender. No entanto, que outra mulher foi mais ofendida do que Maria? Pois não é também verdade que aquele a quem Deus abençoa é também amaldiçoado com o mesmo sopro do seu espírito? É desta forma que se torna necessário, espiritualmente, compreender Maria. Ela não é, de maneira alguma, uma formosa dama que brinca com um deus menino, e até me sinto revoltado ao dizer isto e muito mais ao pensar na afetação e ligeireza de tal concepção. Apesar disso, quando diz: sou a serva do Senhor, ela é grande e imagino que não deve ser difícil explicar por que razão se tornou mãe de Deus. Não precisa, absolutamente nada, da admiração do mundo, tal como Abraão não necessita de lágrimas, porque nem ela foi uma heroína, nem ele foi um herói. E não se tornaram grandes por terem escapado à tribulação, ao desespero e ao paradoxo, mas precisamente porque sofreram tudo isso. Há grandeza em ouvir dizer ao poeta, quando apresenta o seu herói trágico à admiração dos homens: chorai por ele; merece-o; porque é grandioso merecer as lágrimas dos que são dignos de as derramar; há grandeza em ver o poeta conter a multidão, corrigir os homens e analisá-los um por um para verificar se são dignos de chorar pelo herói, porque as lágrimas dos vulgares chorões profanam o sagrado. Contudo ainda é mais grandioso que o cavaleiro da fé possa dizer ao nobre caráter que quer chorar por ele: não chores por mim, chora antes por ti próprio.”

“O casamento feliz é e continuará a ser a viagem de descoberta mais importante que o homem jamais poderá empreender.”

“A maioria dos homens persegue o prazer com tanta impetuosidade que passa por ele sem vê-lo.”

“A fé é a mais elevada paixão de todos os homens.”

“Que sejam os outros a queixarem-se de que os tempos são maus; queixo-me de que são miseráveis, porque são tempos sem paixão. Os pensamentos dos homens são finos e quebradiços como rendas, eles próprios tão dignos de dó quanto as rendeiras. Os pensamentos que lhes vão no coração são tão miseráveis, que não chegam a ser pecaminosos. Talvez fosse possível, para um verme, considerar como pecado alimentar tais pensamentos, mas não para um homem, que é criado à imagem de Deus. Os seus desejos voluptuosos são comedidos e indolentes, as suas paixões, sonolentas; estas almas mercantis cumprem os seus deveres, porém, tal como os judeus, dão-se todavia ao direito de desbastar uma migalinha da moeda; em sua opinião, embora Nosso Senhor mantenha as contas bastante em ordem, também é certamente possível escapar, aldrabando-o um pouco. Desavergonhados! Por isso, a minha alma regressa sempre ao Antigo Testamento e a Shakespeare. Sente-se deveras que são homens que falam; e que aí, odeia-se, e aí, ama-se, mata-se o inimigo, amaldiçoa-se a descendência por todas as gerações, aí, peca-se.”

“Aventurar-se causa ansiedade, mas deixar de arriscar-se é perder a si mesmo. E aventurar-se no sentido mais elevado é precisamente tomar consciência de si próprio.”

“A angústia é a possibilidade da liberdade. É o medo dessa possibilidade. A angústia é o puro sentimento do possível.
Se houver coragem de ir mais além, se constatará que a então realidade será muito mais leve do que era a possibilidade. E o grande salto será o mais difícil, será cair nas mãos de Deus, será a coragem.”

“Acima de tudo, não perca seu desejo de prosseguir.”

“Sofrer, é só uma vez; vencer, é para a eternidade.”

“Não há nada em que paire tanta sedução e maldição como um segredo.”

“Ficar em pé e provar a existência de Deus é bem diferente de ficar de joelhos e agradecê-Lo.”

“Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perde-se definitivamente.”

“A Reflexão é o anjo exterminador da espontaneidade… Se fosse verdade que a reflexão devesse controlar a inclinação amorosa, nunca haveria casamento.”

“É arrogante a classe dos cientistas-naturalistas que querem liquidar Deus completamente, como supérfluo, substituindo-o pelas leis naturais. Substituem uma idéia ininteligível por outra equivalente. Sob a presunção de controle e compreensibilidade bem humanas sobre a natureza.”

“Têm vergonha de obedecer ao rei porque ele é rei - então, obedecem-lhe porque ele é inteligente.”

“O humorista, tal como a fera, anda sempre sozinho.”

“Só que Sócrates não se detinha numa consideração filosófica, mas se voltava para cada um em particular, despojava-o de tudo e o despedia de mãos vazias.”

“Sem pecado, nada de sexualidade, e sem sexualidade, nada de História.”

“(…) se é uma vantagem, por exemplo, poder-se ser o que se deseja, maior ainda é sê-lo, ou seja, a passagem do possível ao real é um progresso, uma ascensão.”

“Enganar-se a respeito da natureza do amor é a mais espantosa das perdas. É uma perda eterna, para a qual não existe compensação nem no tempo nem na eternidade”

“O povo pede o poder da palavra para compensar o poder de livre pensamento a que ele foge.”

“O indivíduo, na sua angústia de não ser culpado mas de passar por sê-lo, torna-se culpado.”

“O infinito temor dum único perigo torna inexistentes todos os outros”

“Arriscar-se no sentido mais amplo é precisamente tomar consciência de si próprio.”

“A porta da felicidade abre só para o exterior; quem a força em sentido contrário acaba por fechá-la ainda mais.”

“A velhice realiza os sonhos da juventude: é o que se observa em Swift; na juventude construiu um manicômio, na velhice foi ele quem para lá foi.”

“Este, então, é o paradoxo final do pensamento: querer descobrir algo que o próprio pensamento não pode pensar.”

“Aristotle’s view that philosophy begins with wonder, not as in our day with doubt, is a positive point of departure for philosophy. Indeed, the world will no doubt learn that it does not do to begin with the negative, and the reason for success up to the present is that philosophers have never quite surrendered to the negative and thus have never earnestly done what they have said. They merely flirt with doubt.”

“Lord Jesus Christ, the birds had nests, the foxes had dens, and you had no place where you could lay your head. You were homeless in the world-yet you yourself were a hiding place, the only place where the sinner could flee. And so even this very day you are a hiding place. When the sinner flees to you, hides himself with you, is hidden in you, he is eternally kept safe, since love hides a multitude of sins. P. 182”

“Sin is man’s destruction. Only the rust of sin can consume the soul-or eternally destroy it. For here indeed is the remarkable thing from which already that simple wise man of olden time derived a proof of the immortality of the soul, that the sickness of the soul (sin) is not like bodily sickness which kills the body. Sin is not a passage-way which a man has to pass through once, for from it one shall flee; sin is not (like suffering) the instant, but an eternal fall from the eternal, hence it is not ‘once’, and it cannot possibly be that its ‘once’ is no time. No, just as between the rich man in hell and Lazarus in Abraham’s bosom there was a yawning gulf fixed, so is there also a yawning distinction between suffering and sin. Let us not confuse it, lest talk about suffering might become less frank-hearted, because it had also sin in mind, and this less frank-hearted talk might be boldly impudent inasmuch as it is talking this way about sin. This precisely is the Christian position, that there is this infinite distinction between evil and evil, as they are confusedly named; this precisely is the Christian characteristic, to talk of temporal sufferings ever more and more frank-heartedly, more triumphantly, more joyfully, because Christianity regarded, sin, and sin only, is destructive.”

“Imagine a lover who has received a letter from his beloved – I assume that God’s Word is just as precious to you as this letter is to the lover. I assume that you read and think you ought to read God’s Word in the same way the lover reads this letter.”

“Old age realizes the dreams of youth: look at Dean Swift; in his youth he built an asylum for the insane, in his old age he was himself an inmate.”

“Concepts, like individuals, have their histories, and are just as incapable of withstanding the ravages of time as are individuals.”

“The world is rejuvenated, but as Heine so wittily remarked, it was rejuvenated by romanticism to such a degree that it became a baby again.”

“There is a comfort that had not yet come into existence while Christ lived, which he therefore could not offer to anyone: the comfort of his death as the Atonement, as the pledge that the sins are forgiven. In this lifetime Christ is for his contemporaries primarily the prototype, even though he is the Savior and even though his life is suffering, so that even in his lifetime he can be said to bear the sins of the world; but the salient point is that he is the prototype. P. 159”

“To understand oneself in existence is the Christian principle, except that this self has received much richer and much more profound qualifications that are even more difficult to understand together with existing. The believer is a subjective thinker, and the difference, is only between the simple person and the simple wise person. Here again the oneself is not humanity in general, subjectivity in general, and other such things, whereas everything becomes easy inasmuch as the difficulty is removed and the whole matter is shifted over into the shadow play of abstraction.”

“It will be easy for us once we receive the ball of yarn from Ariadne (love) and then go through all the mazes of the labyrinth (life) and kill the monster. But how many are there who plunge into life (the labyrinth) without taking that precaution?”

“Soren Kierkegaard, For Self-Examination, Hong p. 76-77”

“The life-giving Spirit is the very one who slays you; the first thing the life-giving Spirit says is that you must enter into death, that you must die to – it is this way in order that you many not take Christianity in vain. A life-giving Spirit – that is the invitation; who would not willingly take hold of it! But die first – that is the halt!”

“Translated by Todd Nichol along with Prefaces 1997”

“If you listen carefully, in what most definitely must be called Gospel you yourself will hear also rigorousness. For example, what Jesus says to the centurion from Capernaum, “If we will apply these words to ourselves, we are obliged to say, “Be it done for you as you believe; if you have faith unto salvation, then you will be saved.” (Matthew 8:13) How lenient, how merciful! But is it also certain, then, that I have faith-I surely cannot summarily transfer to myself the fact that the centurion believed, as if I had faith because the centurion had it. Let us suppose that someone asked Christianity, “Is it also certain, then, that I have faith?” Christianity would answer, “Be it done for you as you believe.””

“Then he rises from the table and goes out into the Garden of Gethsemane; there he sinks down – oh, that it had happened already! He sinks down, doomed (dodsens) – indeed, was he really any more a dying man (Doende) on the cross than in Gethsemane! If the suffering on the cross was a death agony – ah, this agony in prayer was also a mortal combat; nor was it bloodless, for his sweat fell like drops of blood to the earth.”

“I have never definitely broken with Christianity nor renounced it. To attack it has never been my thought. No, from the time when there could be any question of the employment of my powers, I was firmly determined to employ them all to defend Christianity, or in any case to present it in its true form.”

“Imagine a person who has been and is addicted to a passion. There comes a moment (as it does to everyone, perhaps many times – alas, perhaps many times in vain!), a moment he seems to be brought to a halt: a good resolution is awakening. Imagine that one morning he said to himself (let us suppose him to be a gambler), “I solemnly vow that I will nevermore have anything to do with gambling, never – tonight will be the last time” – ah, my friend, he s lost! I would rather bet on the opposite, however strange that may seem. If there was a gambler who said to himself, “Well, now, you may gamble every blessed day all the rest of your life – but tonight you are going to leave it alone,” and he did – ah, my friend, he is saved for sure! The first gambler’s resolution is a trick by the craving, and the second gambler’s is to fool the craving.”

“The two guides call out to a man early and late. And yet, no, for when remorse calls to a man it is always late. The call to find the way again by seeking out God in the confession of sins is always at the eleventh hour. Whether you are young or old, whether you have sinned much or little, whether you have offended much or neglected much, the guilt makes this call come at the eleventh hour. The inner agitation of the heart understands what remorse insists upon, that the eleventh hour has come. For in the sense of time, the old man’s age is the eleventh hour; and the instant of death, the final moment in the eleventh hour. The indolent youth speaks of a long life that lies before him. The indolent old man hopes that his death is still a long way off. But repentance and remorse belong to the eternal in a man.”

“On the whole, there is one thing that is very common; you can find it in each and in everyone, in yourself just as I find it in myself: sin and sins. There is one thing that is very rare: true sorrow over one’s sin, which no doubt is why it is made necessary every holy day to pray in the opening prayer in the church service “that we might learn to sorrow over our sins.””

“If it is God who gives the spirit of power and strength, then it is also the same God who gives “the spirt of self-control,” and if ignoble cowardice and fear of people are just as detestable in any age, the excess of eager enthusiasm, “zeal without wisdom,” are no less corrupting and at times are fundamentally just as detestable, just as blasphemous.”

“But this I thought was the meaning of life, that the individual shook off the habit of accepting the favors of difference, should that be tempting, steeled himself against its humiliation, should that weigh down on him, in order to find the universal, what is common to all human beings, to concern oneself only with that. Oh! How beautiful to lose oneself in this way. But then I thought again that in the having of this concern the meaning of life was to be concerned for oneself as if the particular individual were all there was. Oh! How beautiful thus to find oneself in the universal! If the universal is the rule then the individual is the paradigm [corrected from demand]; if the universal is the demand then the universal is the fulfillment; if the universal is everything, if the universal says everything, then the particular individual believes that the everything is said about him-him alone. So if the place and context here did not require signature, none would be needed, for again it is infinitely inconsequential who has said it (as though the favored one said it, the one who was wronged being in no position to say it, since after all they all have it in them to do it).”

“It is as useless for a person to want first of all to decide the externals and after that the fundamentals as it is for a cosmic body, thinking to form itself, first of all to decide the nature of its surface, to what bodies it should turn its light, which its dark side, without first letting the harmony of centrifugal and centripetal forces realize its existence and letting the rest come of itself. One must learn to know oneself before knowing anything else (gnothi seauton). Not until a person has inwardly understood himself and then sees the course he is to take does his life gain peace and meaning.”

“It is true that in the confessional it is the pastor who preaches; but the true preacher is still the secret-sharer in your inner being. The pastor can preach only in vague generalities; the preacher in your inner being is just the opposite; he speaks simply and solely about you, to you, and within you. P. 183”

“Every human being is tried this way in the active service of expectancy. Now comes the fulfillment and relieves him, but soon he is again placed on reconnaissance for expectancy; then he is again relieved, but as long as there is any future for him, he has not yet finished his service. And while human life goes on this way in very diverse expectancy, expecting very different things according to different times and occasions and in different frames of mind, all life is again one nightwatch of expectancy.”

“Self-accusation is the possibility of justification. The tax collector accused himself. There was no one else who accused him. It was not civic justice that seized him by the chest and said, “You are a criminal”: it was not the people whom he perhaps cheated who beat him on the breast and said, “You are a cheater” – but he beat his own breast and said, “God be merciful to me, a sinner. He accused himself, that he was a sinner before God.”

“Forgetting when God does it in relation to sin, is the opposite of creating, since to create is to bring forth from nothing and to forget is to take back into nothing. What is hidden from my eyes, that I have never seen; but what is hidden behind my back, that I have seen. The one who loves forgives in this way; he forgives, he forgets, he blots out the sin, in love he turns toward the one he forgives; but when he turns toward him, he of course, cannot see what is lying behind his back.”

“His life from the very beginning is a story of temptation; it is not only one particular period in his life, the forty days, that is the story of temptation – no his whole life is a story of temptation (just as it is also of suffering). Every moment of his life he is tempted – that is, he has this possibility in his power, to take his calling, his task, in vain.”

“Is not “Christendom” the most colossal attempt at serving God, not by following Christ, as He required, and suffering for the doctrine, but instead of that, by “building the sepulchers of the prophets and garnishing the tombs of the righteous.””

“A man who for a long time has gone around hiding a secret becomes mentally deranged. At this point one would imagine that his secret would have to come out, but despite his derangement his soul still sticks to its hideout, and those around him become even more convinced that the false story he told to deceive them is the truth. He is healed of his insanity, knows everything that has gone on, and thereby perceives that nothing has been betrayed. Was this gratifying to him or not; he might wish to have disposed of his secret in his madness; it seems as if there were a fate which forced him to remain in his secret and would not let him go away from it. Or was it for the best, was there a guardian spirit who helped him keep his secret.”