Frases sobre palestra

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da palestra, pessoas, pessoa, aqui.

Frases sobre palestra

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“Eu gosto de fazer minha pesquisa principal em bares, onde as pessoas são mais propícias a contar a verdade ou, pelo menos, mentem menos convincentemente do que quando o fazem em palestras e livros.”

I like to do my principal research in bars, where people are more likely to tell the truth or, at least, lie less convincingly than they do in briefings and books.
O'Rourke, P.J. (1989), Holidays in hell. London (Picador), 212

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“Conhecimento e técnicas. 'Que aspectos seus você pode mudar?' Conhecimento. Um conhecimento factual desse tipo não garantirá a excelência, mas a excelência é impossível sem ele. 'O modo de uma pessoa se engajar na vida pode não se alterar muito. Mas o foco da pessoa sim…'Para onde quer que olhemos, podemos ver exemplos de gente que mudou seu foco mudando seus valores: a conversão religiosa de Saulo no caminho para Damasco… Se quer mudar sua vida para que outros possam se beneficiar de seus pontos fortes, mude seus valores. Não perca tempo tentando mudar seus talentos. A aceitação de algumas coisas que nunca podem ser transformadas - talentos. Não mudamos. Simplesmente aceitamos nossos talentos e reordenamos nossas vidas em torno deles. Nós nos tornamos mais conscientes. Técnicas. 1. Anote qualquer historia, fato ou exemplo que encontre eco dentro de você. 2. Pratique em voz alta. Ouça a si mesmo pronunciando as palavras. 3. Essas histórias vão se tornar suas 'contas', como de um colar; 4. Só o que você tem a fazer quando dá uma palestra é enfileirar as contas na ordem apropriada, e sua apresentação parecerá tão natural quanto uma conversa. 5. Use pequenos cartões de arquivos ou um fichário para continuar adicionando novas contas ao seu colar. As técnicas se revelam mais valiosas quando aparecem combinadas com o talento genuíno. O talento é qualquer padrão recorrente de pensamento, sensação ou comportamento que possa ser usado produtivamente. Qualquer padrão recorrente de pensamento, sensação ou comportamento é um talento se esse padrão puder ser usado produtivamente. Mesmo a 'fragilidade' como a dislexia é um talento se você conseguir encontrar um meio de usá-la produtivamente. David Boies foi advogado do governo dos Estados Unidos no processo antitruste… Sua dislexia o faz se esquivar de palavras compridas, complicadas. As diferenças mais marcantes entre as pessoas raramente se dão em função de raça, sexo ou idade; elas se dão em função da rede ou das conexões mentais de cada pessoa. Como profissional, responsável tanto por seu talento por seu desempenho quanto por dirigir sua própria carreira, é vital que adquira uma compreensão precisa de como suas conexões mentais são moldadas. Incapaz de racionalizar cada mínima decisão, você é compelido a reagir instintivamente. Seu cérebro faz o que a natureza sempre faz em situações como essa: encontra e segue o caminho de menor resistência, o de seus talentos. Técnicas determinam se você pode fazer alguma coisa, enquanto talentos revelam algo mais importante: com que qualidade e com que frequência você a faz. Como John Bruer descreve em The Myth of the First Three Years, a natureza desenvolveu três modos para você aprender quando adulto: continuar a reforçar suas conexões sinápticas existentes (como acontece quando você aperfeçoa um talento usando técnicas apropriadas e conhecimento), continuar perdendo um maior número de suas conexões irrelevantes (como também acontece quando você se concentra em seus talentos e permite que outras conexões se deteriorem) ou desenvolver algumas conexões sinápticas a mais. Finalmente, o risco do treinamento repetitivo sem o talento subjacente é que você fique saturado antes de obter qualquer melhora. Identofique seus talentos mais poderosos, apure-os com técnicas e conhecimento e você estará no caminho certo para ter uma vida realmente produtiva. Se as evidências mais claras sobre seus talentos são fornecidas pelas reações espontâneas, aqui vão mais três pistas para ter em mente: desejos, aprendizado rápido e satisfação. Seus desejos refletem a realidade física de que algumas de suas conexões mentais são mais fortes do que outras. Algumas tiravam satisfação de ver outra pessoa obter algum tipo de progresso infinitesimal que a maioria de nós nem perceberia. Algumas adoravam levar ordem ao caos.(…) havia as que amavam as ideias. Outras desconfiavam d”

Your Child's Strengths: Discover Them, Develop Them, Use Them

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“Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste. E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.

Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as idéias não vêm, ou vêm muito numerosas e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.

Emoções indefiníveis me agitam inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: é desespero, raiva, um peso enorme no coração.

Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.

Lá fora os sapos arengavam, o vento gemia, as árvores do pomar tornavam-se massas negras.

- Casimiro!

(…) A figura de Casimiro Lopes aparece à janela, os sapos gritam, o vento sacode as árvores, apenas visíveis na treva. Maria das Dores entra e vai abrir o comutador.

Detenho-a: não quero luz.

O tique-taque do relógio diminui, os grilos começam a cantar. E Madalena surge no lado de lá da mesa. Digo baixinho:

- Madalena!

A voz dela me chega aos ouvidos. Não, não é aos ouvidos. Também já não a vejo com os olhos. Estou encostado à mesa, as mãos cruzadas. Os objetos fundiram-se, e não enxergo sequer a toalha branca.

- Madalena…

A voz de Madalena continua a acariciar-me. Que diz ela? Pede-me naturalmente que mande algum dinheiro a Mestre Caetano. Isto me irrita, mas a irritação é diferente das outras, é uma irritação antiga, que me deixa inteiramente calmo. Loucura estar uma pessoa ao mesmo tempo zangada e tranqüila. Mas estou assim. Irritado contra quem? Contra Mestre Caetano. Não obstante ele ter morrido, acho bom que vá trabalhar. Mandrião!

A toalha reaparece, mas não sei se é esta toalha sobre que tenho as mãos cruzadas ou a que estava aqui há cinco anos.

(…) Agitam-se em mim sentimentos inconciliáveis, colerizo-me e enterneço-me; bato na mesa e tenho vontade de chorar. Aparentemente estou sossegado: as mãos continuam cruzadas sobre a toalha e os dedos parecem de pedra. Entretanto ameaço Madalena com o punho. Esquisito.

Distingo no ramerrão da fazenda as mais insignificantes minudências. Maria das Dores, na cozinha, dá lições ao papagaio. Tubarão rosna acolá no jardim. O gado muge no estábulo. O salão fica longe: para irmos lá temos de atravessar um corredor comprido. Apesar disso a palestra de Seu Ribeiro e Dona Glória é bastante clara. A dificuldade seria reproduzir o que eles dizem. É preciso admitir que estão conversando sem palavras.

Padilha assobia no alpendre. Onde andará Padilha? Se eu convencesse Madalena de que ela não tem razão… Se lhe explicasse que é necessário vivermos em paz… Não me entende. Não nos entendemos. O que vai acontecer será muito diferente do que esperamos. Absurdo.

Há um grande silêncio. Estamos em julho. O nordeste não sopra e os sapos dormem.

(…)

Repito que tudo isso continua a azucrinar-me. O que não percebo é o tique-taque do relógio. Que horas são? Não posso ver o mostrador assim às escuras. Quando me sentei aqui, ouviam-se as pancadas do pêndulo, ouviam-se muito bem. Seria conveniente dar corda ao relógio, mas não consigo mexer-me.”

Graciliano Ramos (1892–1953)

São Bernardo

Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
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“Eu sempre falo nas minhas palestras, que a única coisa boa que o branco fez para o Brasil foi trazer as várias etnias, foi a única coisa boa, senão hoje a gente não estava nessa balbúrdia aí, hoje a gente vai para Pernambuco e tem lá uma etnia completamente diferente da que viveu em Salvador, completamente diferente da que viveu no Rio, completamente diferente da que viveu lá no Maranhão, então a gente teve os Ebás e Ibôs, lá em Pernambuco, aqui a gente teve os povos de Ketu, Ioruba, mais para cima a gente teve os Jeje e o Jeje Marri, isso pra mim foi a grande balbúrdia da parada que os brancos, fizeram. Eu não sou racista, mas foi a única coisa boa que os caras fizeram, todo mundo acha que vieram para cá os grandes e poderosos, não vieram! Quando os brancos chegaram aqui, vieram os traficantes, matadores, estupradores, ladrões, prostitutas foram esses que vieram para cá. A coroa portuguesa só trouxe quem não prestava para cá, e quando resolveu trazer os negros, trouxeram os reis, rainhas e seus súditos, vieram cortejos inteiros! E hoje a gente vive isso aí, o legal disso tudo são as diferenças, nós somos diferentes, mas somos iguais, iguais nos direitos e nos deveres. Eu acho maravilhoso essa dicotomia de sotaques, o que difere a gente é só sotaque, a gente é muito igual e quando você começa a descobrir isso é felicidade e está sendo até hoje, porque eu sempre busco literatura, tô sempre buscando grandes escritores.”

Revista África e Africanidades http://www.africaeafricanidades.com.br/documentos/Entrevista_com_Garnize.pdf
"Tenho um livro de cabeceira que não largo, um livro chamado “Agadá dinâmica da civilização africano-brasileira”, do Marco Aurélio de Oliveira Luz, eu indico para todo mundo. Tem outro que é “Águas de Oxalá” de José Beniste, “Orun Ayê” também, que é maravilhoso. Lepê Correia, que escreve poesias maravilhosas, um grande poeta negro pernambucano Solano Trindade, muita gente, muita gente importante que nós temos. Nós somos um povo sem memória e um povo sem memória é um povo sem história, a gente tem que começar a valorizar o nosso panteão negro de escritores, músicos, de mulheres guerreiras que se parecem tanto com a Acotirene, Aqualtune e Rainha Nzinga Onde eu vou eu estou com um livro, vivo catando livros, eu não deixo de ler, eu sou um leitor nato, é chato ficar falando isso, porque pode parecer pedância minha, mas onde eu vou, eu estou com um livro, se eu viajo eu levo um livro. Tá na hora de a gente começar a traficar informação, porque ao invés de traficar drogas os caras não traficam livros, vamos propor um dia traficar livros, vamos trocar, fazer esse escambo, você me dá um livro seu e eu te dou um livro meu, não fizeram troca de armas? Você dava uma arma e ganhava uma grana. Vamos entupir as comunidades com livros, encher as comunidades de bibliotecas e abrir espaço para juventude negra, pro pobre que mora na periferia ler, porque a gente não lê? Não lê porque o livro é caro no Brasil, é muito caro, eu lembro que com 10 dólares em cuba, eu comprei uns 20 livros, te juro! Lá você compra um livro a centavos, por isso sou fã de sebos de CDs e de livros, e também de brechós."
Revista África e Africanidades http://www.africaeafricanidades.com.br/documentos/Entrevista_com_Garnize.pdf

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“Sofro cada vez que dou uma palestra ou recebo um prêmio. Fico com a mão fria, nervosa.”

Ana Paula Padrão (1965) jornalista brasileira

Na adolescência, o trauma era outro. "Eu era feia. Até os 16 não usei saia, achava minhas pernas feias”. E só vestia camisas de mangas compridas porque achava os braços magros. Até os 15, ninguém olhava pra mim".
Fonte: Revista Isto É Gente, de 19/12/2005