Frases sobre encaixe

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da encaixe, amor, amor, coração.

Frases sobre encaixe

“Não sou eu


Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da […] graça de Deus. v.10


Nas férias, deixei de lado o aparelho de barbear. As reações dos amigos e colegas em sua maioria foram elogiosas. Um dia, porém, frente ao espelho, decidi: “Esse, não sou eu.” E apelei para o barbeador.

E pensei sobre quem somos e por que uma coisa ou outra não se encaixa em nossa personalidade. Sei que Deus nos agraciou com diferenças e preferências individuais. Não tem problemas se não gostamos dos mesmos hobbies ou alimentos ou se cultuamos a Deus na mesma igreja. Somos únicos e maravilhosos (Sl 139:14). Pedro ressaltou que somos dotados singularmente, para servirmos uns aos outros (1 Pedro 4:10,11).

Os discípulos não abandonaram as suas singularidades antes de iniciar seu ministério ao lado de Cristo. Pedro foi tão impulsivo a ponto de cortar a orelha de um servo na noite em que Jesus foi preso. Tomé exigiu evidências físicas antes de crer na ressurreição de Cristo. O Senhor não os rejeitou por falta de amadurecimento. Ele os moldou e os preparou para o Seu serviço.

Ao decidirmos sobre como servir melhor ao Senhor, é prudente considerar nossos talentos e características individuais. Talvez, seja necessário dizer: “Não sou eu”. Deus pode nos tirar de nossa zona de conforto para desenvolver os nossos dons e personalidades únicas para servir os Seus bons propósitos. Nós o honramos quando lhe permitimos que nos use como somos.

Não existem pessoas comuns, 
fomos todos criados para sermos únicos. Dave Branon”

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“Ele está indo bem… Ele possui um ótimo senso de como estamos soando e porque estamos soando daquele jeito, então ele se encaixa nisso tudo.”

Joe Perry (1950) músico americano

"Como está sendo trabalhar com David Hull?", Em entrevista ao Chicago Sun Times

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“Meu Fracasso Retumbante


Ela hostiliza a mim e ao meu trabalho, minhas madrugadas entre a biblioteca e a sala principal do escritório - devo estar pecando mortalmente em ficar até mais tarde entre os meus livros e as minhas vãs filosofias.

Briga porque não assisto a novela - e ainda porque desconheço os personagens na Gloria Pérez, inverossímeis e estranhos.

Aperreia-se diante de meu desconhecimento sobre o “Big Brother” desse ano. Acha errado eu não ter votado em alguém. Acha um absurdo eu não conhecer de cor todos os participantes.

Dorme inconformada quando eu não abro as mensagens que a própria me envia, excitada, exaltada, quase que gozando sobre as estrelas do cinema que se separaram, e as que morreram, sucumbiram, e também aquelas que estão reclusas, dependentes de anfetaminas e de outras coisas bem piores.

E acorda ao meio dia, mais inconformada ainda, já que eu tive que sair da cama muito cedo, tomar o meu banho, fazer minha barba e esconder-me por dentro de terno e gravata (ferramentas de trabalho imprescindíveis), travestido de alguém que necessita labutar bastante.

Ela me ofende em todas as vezes nas quais eu refuto a literatura espírita ou de auto-ajuda - porque digo que não são literatura; ela desconhece Kant, desconhece Nietzche, desconhece obras inacabadas dos que foram muito fodas e que nos deixaram cedo. Livros que estão aqui em casa, nas estantes da biblioteca. Gratuitos e plenamente acessíveis.

Mas ainda assim eu digo que lhe compreendo mesmo desse jeito, uma vez que não existe obrigação alguma de embriagar-se por dentre os meus grandes “clássicos”, nem mesmo de escutar as músicas que eu escuto ou assistir os filmes que tanto amo do Fellini ou do Almodóvar. Só que ela, muito ao contrário, me “descompreende” de maneira aviltante e ofensiva, e me alcunha de desordenado, de improdutivo e de desinformado (!).

Ela não percebe que o amor verdadeiro tende a rarear quando a admiração se esvazia; quando ela tenta, sem sucesso, encaixar-me na moldura de seu mundo, em vez de modelar um mundo totalmente novo, de informações que se completem e que nos por abarquem inteiros, “de conchinha”. E, ainda que eu lhe bendiga o melhor de tudo o que existe, permaneço triste. Sua companhia me faz falta.

Ela é a prova viva de que gentileza não atrai a gentileza.

E eu sou o egoísmo e a covardia em estado puro. Eu preciso alforria-la de minha presença alienígena, desagradável, para que encontre alguém que lhe idolatre como eu já fiz em idos tempos, engajado nos padrões nos quais, definitivamente, eu infelizmente não me encaixo.

Seja então inteiramente livre, minha amiga linda!!!
Pois que a sua liberdade me libertará de insuportável melancolia, e transformará você em regozijo puro. Eu aceitarei o “pé na bunda” com estoicismo; a alcunha de fracote, ou de fracassado incompetente, ou até do idiota lá de Dostoiévski. E aceitarei os xingamentos com o coração tranquilo. Despojado dessa culpa enorme de não lhe fazer sentir mais alegria.”