“Sempre que o Tempo Trabalhado estende o tapete para a Arrogância desfilar, erros são Ignorados —Minimizados ou Romantizados.
Quando o “tempo de serviço” passa a ser usado como 'Currículo Moral', algo se perde à beira do caminho.
A experiência, que deveria ensinar humildade, acaba estendendo um tapete vermelho para a Arrogância desfilar a fantasia de mérito.
E, nesse espetáculo, os erros deixam de ser mestres severos para se tornarem figurantes das conveniências.
O que antes exigia revisão, agora se justifica pela “bagagem”.
O que cobrava correção é minimizado pelo “histórico”.
E o que deveria causar constrangimento acaba sendo romantizado como traço de personalidade ou preço do sucesso.
Assim sendo, o tempo deixa de lapidar e passa a blindar.
Mas tempo não absolve falhas, só as revela com mais nitidez.
Quanto mais longa a caminhada, maior deveria ser a capacidade de reconhecer tropeços e aprender com eles.
Quando isso não acontece, o problema já não é o erro em si, mas a vaidade que lhe empresta as sandálias medonhas para desfilar.
Porque Experiência sem Autocrítica não é Sabedoria — é apenas a repetição confortável dos mesmos equívocos, agora amparados pelo tic-tac do relógio.
Não é sobre ter 10, 20 ou 30…
É sobre ter plena consciência de que errar é um risco inerente aos que se entregam, aos que fazem, aos que vivem.
E corrigir erros é permitir-se muito mais humano!”
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“O homem que inventou o tapete vermelho precisava ter sua cabeça examinada.”
The man who invented the red carpet needed his head examined
durante sua visita de estado ao Brasil em novembro de 1968, publicada no The Reality of Monarchy.
Benedita da Silva, vice-governadora fluminense, em resposta ao ex-governador Leonel Brizola, que atribuiu a ela o gosto pela pompa do poder
Fonte: Revista Veja, Edição 1 652 -7/6/2000 http://veja.abril.com.br/070600/vejaessa.html
“Da arrogância nasce o ódio; da insolência, a arrogância.”