“Fomos tão seduzidos pelo universo digital, ao ponto de romantizar um mundo onde políticos influencers — eleitos por nós — brincam de governá-lo.
Essa constatação medonha é um convite a pensar sobre a profunda transformação que a política sofreu na era digital.
Hoje, a figura do político tradicional se mistura com a do influencer, aquele que domina a arte da comunicação rápida, do espetáculo e da conexão emocional imediata.
Mas, ao transferirmos nossa confiança e votos para essas figuras, muitas vezes mais preocupadas com a imagem do que com o conteúdo, acabamos por trivializar o exercício do poder.
Quando políticos se tornam influencers, a política vira palco para likes e compartilhamentos, onde o debate se perde para a viralização.
A “brincadeira de governar” — expressão que revela a leveza e a superficialidade com que algumas lideranças assumem responsabilidades sérias — coloca em risco a qualidade da democracia e o futuro da sociedade.
Nós, eleitores e cidadãos, também somos parte desse processo: somos os que elegem, os que curtem, os que compartilham.
Cabe exercitarmos um olhar crítico, exigir transparência, responsabilidade e compromisso real.
Sem isso, continuaremos reféns de uma política de aparência, onde a profundidade das ideias e a seriedade das ações ficam em segundo plano, diante do espetáculo digital.
O desafio está lançado: usar o poder do universo digital para fortalecer a democracia, não para reduzi-la a um jogo de imagens e seguidores.”
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Fonte: Livro: Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação, Editora Paulus, 2013, pág.93.

Fonte: Cinco lições sobre Império, de Negri, publicado em 2003 pela DP&A, pág 41.

“A política é a arte do possível. Toda a vida é política.”

“Meu partido político é o da endireita; endireitou, eu voto.”
Carlinhos Brown, cantor baiano, apoiando a reeleição de Antônio Imbassahy (PFL)
Variante: Meu partido político é o da endireita; endireitou, eu voto.
Fonte: Revista Veja, Edição 1 666 - 13/9/2000 http://veja.abril.com.br/130900/vejaessa.html