“Fiz muitos poemas,
e não posso explicar nenhum,
poemas não são como
paredes,
não podem ser sólidos.
Poemas são maleáveis, incertos,
formam centenas de caminhos
por entre suas letras,
traços
e vírgulas.
Poemas não ficam parados,
eles voam
por entre as mentes
e fases do tempo.
Um dia são uma coisa,
outro dia são outra,
mas nunca uma coisa só.
Os versos são confusos,
mas estão ali,
dançando por entre o caos
do poeta que os escreve.
Foram feitos para confundir,
para mexer com o leitor,
para o tirar da orbita e lhe
perturbar a consciência.
Poesia nunca explica
nada,
e quanto mais escrevo,
mais confuso
percebo que sou.
Que palavras levam para
muitos lugares
e todos eles sao
canto nenhum.
E isso não pode ser ensinado,
não pode ser elucidado,
deve apenas ser sentido,
pois um poema
explicado, é também
um poema
perdido.”

Última atualização 22 de Dezembro de 2021. História

Citações relacionadas

Mário Quintana photo

“E nunca me perguntes o assunto de um poema: um poema sempre fala de outra coisa.”

Mário Quintana (1906–1994) Escritor brasileiro

O Assunto

Mário Quintana photo

“⁠Maravilha

Nesses dias,
Mergulho em poemas.”

Toque de Acalanto: Poesias, Valter Bitencourt Júnior, Amazon/Clube de Autores, 2017, pág. 48, ISBN: 9781549710971.

Valter Bitencourt Júnior photo

“⁠Maravilha

Nesses dias,
Mergulho em poemas.”

Fonte: Toque de Acalanto: Poesias, Valter Bitencourt Júnior, Amazon/Clube de Autores, 2017, pág. 48, ISBN: 9781549710971.

Marguerite Duras photo
Fernando Pessoa photo
Mário Quintana photo
Paul Claudel photo

“O poema não é feito dessas letras que eu espeto como pregos, mas do branco que fica no papel.”

Paul Claudel (1868–1955)

Le poème n'est point fait de ces lettres que je plante comme des clous, mais du blanc qui reste sur le papier.
Cinq grandes odes: suivies d'un processional pour saluer le siècle nouveau - página 17, de Paul Claudel, 3. ed., publicado por Éditions de la Nouvelle revue française, 1913, 204 páginas

Tópicos relacionados