“(…)Pois em mim mesma eu vi como é o inferno…(…) p. 143 (…) E porque minha alma é tão ilimitada que já não sou eu, e porque ela está tão além de mim - é que sempre sou remota a mim mesma, sou-me inalcançável como me é inalcançável um astro… (…) p. 146 (…) O mistério do destino humano é que somos fatais, mas temos a liberdade de cumprir ou não o nosso fatal: de nós depende realizarmos o nosso destino fatal… (…) mas de mim depende eu vir a ser o que fatalmente sou… p.148 (…) E não preciso sequer cuidar da minha alma, ela cuidará fatalmente de mim, e não tenho que fazer para mim mesma uma alma: tenho apenas que escolher viver. Somos livres, e este é o inferno. p. 148, Clarice Lispector, In: A Paixão Segundo GH, 5 ed. Rio de Janeiro, J. Oliympio 1977 páginas diversas”
A paixão segundo G.H.
Citações relacionadas

Nothing is so fatal to the progress of the human mind as to suppose that our views of science are ultimate; that there are no mysteries in nature; that our triumphs are complete, and that there are no new worlds to conquer.
Citado por David Knight (1998). No livro Humphry Davy: science & power. Cambridge University Press. pag. 87 https://books.google.com.br/books?id=nlNRLZzzMB4C&pg=PA87. ISBN 0521565391.

The Passion According to G.H.
Variante: O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente.
O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça – que se chama paixão.
A graça da paixão é curta.
Estar vivo é uma grossa indiferença irradiante. Estar vivo é inatingível pela mais fina sensibilidade. Estar vivo é inumano.