Frases de Søren Kierkegaard
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Søren Aabye Kierkegaard foi um filósofo e teólogo dinamarquês. Kierkegaard criticava fortemente quer o hegelianismo do seu tempo quer o que ele via como as formalidades vazias da Igreja da Dinamarca. Grande parte da sua obra versa sobre as questões de como cada pessoa deve viver, focando sobre a prioridade da realidade humana concreta em relação ao pensamento abstracto, dando ênfase à importância da escolha e compromisso pessoal. A sua obra teológica incide sobre a ética cristã e as instituições da Igreja. A sua obra na vertente psicológica explora as emoções e sentimentos dos indivíduos quando confrontados com as escolhas que a vida oferece. Como parte do seu método filosófico, inspirado por Sócrates e pelos diálogos socráticos, a obra inicial de Kierkegaard foi escrita sob vários pseudónimos que apresentam cada um deles os seus pontos de vista distintivos e que interagem uns com os outros em complexos diálogos. Ele atribui pseudónimos para explorar pontos de vista particulares em profundidade, que em alguns casos chegam a ocupar vários livros, e Kierkegaard, ou outro pseudónimo, critica essas posições. A tarefa da descoberta do significado das suas obras é pois deixada ao leitor, porque "a tarefa deve ser tornada difícil, visto que apenas a dificuldade inspira os nobres de espírito" Subsequentemente, os académicos têm interpretado Kierkegaard de maneiras variadas, entre outras como existencialista, neo-ortodoxo, pós-modernista, humanista e individualista. Cruzando as fronteiras da filosofia, teologia, psicologia e literatura, tornou-se uma figura de grande influência para o pensamento contemporâneo. Está sepultado no Cemitério Assistens.

✵ 5. Maio 1813 – 11. Novembro 1855   •   Outros nomes Sören Aabye Kierkegaard
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Søren Kierkegaard: 350   citações 122   Curtidas

Søren Kierkegaard Frases famosas

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“Acima de tudo, não se esqueça da obrigação de amar a si mesmo.”

Carta a Hans Peter, primo de Kierkegaard (1848)

Citações de vida de Søren Kierkegaard

“É verdade quando a filosofia diz que a vida só pode ser compreendida olhando-se para trás. No entanto, esqueceram de outra frase: que ela só pode ser vivida olhando-se para a frente.”

Es ist wahr, was die Philosophie sagt, dass das Leben rückwärts verstanden werden muss. Aber darüber vergisst man den andern Satz, dass vorwärts gelebt werden muß.
Die Tagebücher 1834-1855

“Era uma vez uma época, e ela não está muito longe, em que também aqui se podia fazer sucesso com um bocadinho de ironia, que compensava todas as lacunas em outros aspectos, favorecia alguém com honrarias e lhe dava a reputação de ser culto, de compreender a vida e o caracterizava ante os iniciados como membro de uma vasta franco-maçonaria espiritual. Ainda nos deparamos de vez em quando com um ou outro representante deste mundo desaparecido, que conserva este fino sorriso, significativo, ambiguamente revelador de tanta coisa, este tom de cortesão espiritual, com o qual ele fez fortuna em sua juventude e sobre o qual construiu todo o seu futuro, na esperança de ter vencido o mundo. Mas ah! foi uma decepção! Em vão procura seu olhar explorador por uma alma irmã, e caso a época de seu esplendor não estivesse ainda fresca na memória de um ou de outro, suas caretas permaneceriam um enigmático hieroglifo para uma época na qual ele vive como hóspede e estrangeiro.  Pois nosso tempo exige mais, exige se não um pathos elevado, pelo menos altissonante, se não especulação, pelo menos resultados; quando não verdade, pelo menos convicção, quando não sinceridade, pelo menos protestos de sinceridade; e, na falta de sensibilidade, pelo menos discursos intermináveis a respeito desta. Por isso, nosso tempo cunha uma espécie bem diferente de rostos privilegiados. Não permite que a boca se feche obstinada, ou que o lábio superior trema com ar travesso, ele exige que a boca fique aberta; pois como poderíamos imaginar um verdadeiro e autêntico patriota, senão discursando, o rosto dogmático de um pensador profundo, senão com uma boca que fosse capaz de engolir o mundo todo; como nos poderíamos representar um virtuose da copiosa palavra vivente, senão com a boca escancarada? Ele não permite que paremos quietos e nos aprofundemos; andar devagar já desperta suspeita; e como nos poderíamos contentar com isso no instante movimentado em que vivemos, não época prenhe do destino, que, como todos reconhecem, está grávida do extraordinário? Nosso tempo odeia o isolamento, e como suportaria que um homem chegasse à ideia desesperada de andar sozinho através da vida, esse nosso tempo, que de mãos e braços dados (como membros viajantes das corporações de ofício e soldados rasos), vive para a ideia da comunidade?”

Fonte: O Conceito de Ironia - Constantemente Referido a Sócrates, p. 245-246

Citações de homens de Søren Kierkegaard

“Quem alcançou neste mundo grandeza igual à dessa bendita mulher, a mãe de Deus, a virgem Maria? No entanto, como se fala dela? A sua grandeza não provém do fato de ter sido bendita entre as mulheres, e se uma estranha coincidência não levasse a assembléia a pensar com a mesma desumanidade do predicador, qualquer jovem devia, seguramente, perguntar: Por que não fui eu também bendita entre as mulheres? Se se não possuísse outra resposta, de forma alguma acharia ter de rejeitar esta pergunta, pretextando a sua falta de senso; porque, no abstrato, em presença de um favor, todos temos mesmos direitos. São esquecidos a tribulação, a angústia, o paradoxo. Meu pensamento é tão puro como o de qualquer outro; e ele purifica-se, exercendo-se sobre as coisas. E se não se enobrecer pode-se então esperar pelo espanto; porque se essas imagens foram alguma vez evocadas jamais poderão ser esquecidas. E se contra elasse peca, extraem da sua muda cólera uma terrível vingança, mais terrível do que os rugidos de dez ferozes críticos. Maria, indubitavelmente, deu à luz o filho graças a um milagre, mas no decorrer de tal acontecimento foi como todas as outras mulheres, e esse tempo é o da angústia, da tribulação e do paradoxo. O anjo foi, sem dúvida, um espírito caritativo, mas não foi complacente porque não foi dizer a todas as outras virgens de Israel: Não desprezeis Maria, porque lhe sucedeu o extraordinário. Apresentou-se perante ela só e ninguém a pôde compreender. No entanto, que outra mulher foi mais ofendida do que Maria? Pois não é também verdade que aquele a quem Deus abençoa é também amaldiçoado com o mesmo sopro do seu espírito? É desta forma que se torna necessário, espiritualmente, compreender Maria. Ela não é, de maneira alguma, uma formosa dama que brinca com um deus menino, e até me sinto revoltado ao dizer isto e muito mais ao pensar na afetação e ligeireza de tal concepção. Apesar disso, quando diz: sou a serva do Senhor, ela é grande e imagino que não deve ser difícil explicar por que razão se tornou mãe de Deus. Não precisa, absolutamente nada, da admiração do mundo, tal como Abraão não necessita de lágrimas, porque nem ela foi uma heroína, nem ele foi um herói. E não se tornaram grandes por terem escapado à tribulação, ao desespero e ao paradoxo, mas precisamente porque sofreram tudo isso. Há grandeza em ouvir dizer ao poeta, quando apresenta o seu herói trágico à admiração dos homens: chorai por ele; merece-o; porque é grandioso merecer as lágrimas dos que são dignos de as derramar; há grandeza em ver o poeta conter a multidão, corrigir os homens e analisá-los um por um para verificar se são dignos de chorar pelo herói, porque as lágrimas dos vulgares chorões profanam o sagrado. Contudo ainda é mais grandioso que o cavaleiro da fé possa dizer ao nobre caráter que quer chorar por ele: não chores por mim, chora antes por ti próprio.”

“A maioria dos homens persegue o prazer com tanta impetuosidade que passa por ele sem vê-lo.”

Most men pursue pleasure with such breathless haste that they hurry past it.
Parables of Kierkegaard, Princeton paperbacks - página 27, Soren Kierkegaard, editor Thomas C. Oden, Princeton University Press, 1989, ISBN 0691020531, 9780691020532, 216 páginas

Søren Kierkegaard frases e citações

“Não há nada em que paire tanta sedução e maldição como um segredo.”

Der er intet andet, der hviler så megen forførelse og så megen forbandelse over som en hemmelighed
"Enten – Eller. Første del" (1843) texto completo online http://sks.dk/ee1/txt_37.htm

“Ficar em pé e provar a existência de Deus é bem diferente de ficar de joelhos e agradecê-Lo.”

for to stand on one leg and prove God's existence is a very different thing from going on one's knees and thanking him
The Journals Of Kierkegaard http://www.archive.org/stream/journalsofkierke002379mbp/journalsofkierke002379mbp_djvu.txt (1841)

“Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perde-se definitivamente.”

Variante: Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.

“Sem pecado, nada de sexualidade, e sem sexualidade, nada de História.”

men uden Synden ingen Sexualitet og uden Sexualitet ingen Historie
"Fire Opbyggelige Taler" [Quatro Discursos Construídos] in: "Søren Kierkegaards samlede værker; udgivne af A.B. Drachmann, J.L. Heiberg og H.O. Lange" - Página 319 http://books.google.com.br/books?id=ukQYAAAAYAAJ&pg=PA319; de Søren Kierkegaard - Publicado por Gyldendalske boghandels forlag (F. Hegel & søn), 1843; 430 páginas

“Enganar-se a respeito da natureza do amor é a mais espantosa das perdas. É uma perda eterna, para a qual não existe compensação nem no tempo nem na eternidade”

At bedrage sig selv for kærlighed er det forfærdeligste, er et evigt tab, for hvilket der ingen erstatning er, hverken i tid eller evighed
citado em "Gud er kærlighed: betragtninger over grundtankerne i Søren Kierkegaards "Kjerlighedens gjerninger"‎" - Página 24, H. J. Falk - Aros, 1986, ISBN 8770034869, 9788770034869 - 71 páginas
Atribuidas

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Søren Kierkegaard: Frases em inglês

“But it never occurred to him to want to be a philosopher, or dedicate himself to Speculation; he was still too fickle for that. True, he was not drawn now to one thing and now to another – thinking was and remained his passion – but he still lacked the self-discipline required for acquiring a deeper coherence. Both the significant and the insignificant attracted him equally as points of departure for his pursuits; the result was not of great consequence – only the movements of thought as such interested him. Sometimes he noticed that he reached one and the same conclusion from quite different starting points, but this did not in any deeper sense engage his attention. His delight was always just to be pressing on; wherever he suspected a labyrinth, he had to find the way. Once he had started, nothing could bring him to a halt. If he found the going difficult and became tired of it before he ought, he would adopt a very simple remedy – he would shut himself up in his room, make everything as festive as possible, and then say loudly and clearly: I will do it. He had learned from his father that one can do what one wills, and his father’s life had not discredited this theory. Experiencing this had given Johannes indescribable pride; that there could be something one could not do when one willed it was unbearable to him. But his pride did not in the least indicate weakness of will, for when he had uttered these energetic words he was ready for anything; he then had a still higher goal – to penetrate the intricacies of the problem by force of will. This again was an adventure that inspired him. Indeed his life was in this way always adventurous. He needed no woods and wanderings for his adventures, but only what he possessed – a little room with one window.”

Johannes Climacus p. 22-23
1840s, Johannes Climacus (1841)

“The Spirit brings faith, the faith.”

Sören Kierkegaard livro For Self-Examination

Soren Kierkegaard, For Self-Examination, Hong p. 81
1850s, For Self-Examination (1851), It Is the Spirit Who Gives Life

“In vain do individual great men seek to mint new concepts and to set them in circulation — it is pointless. They are used for only a moment, and not by many, either, and they merely contribute to making the confusion even worse, for one idea seems to have become the fixed idea of the age: to get the better of one's superior. If the past may be charged with a certain indolent self-satisfaction in rejoicing over what it had, it would indeed be a shame to make the same charge against the present age (the minuet of the past and the gallop of the present). Under a curious delusion, the one cries out incessantly that he has surpassed the other, just as the Copenhageners, with philosophic visage, go out to Dyrehausen "in order to see and observe," without remembering that they themselves become objects for the others, who have also gone out simply to see and observe. Thus there is the continuous leap-frogging of one over the other — "on the basis of the immanent negativity of the concept", as I heard a Hegelian say recently, when he pressed my hand and made a run preliminary to jumping. — When I see someone energetically walking along the street, I am certain that his joyous shout, "I am coming over," is to me — but unfortunately I did not hear who was called (this actually happened); I will leave a blank for the name, so everyone can fill in an appropriate name.”

Journals IA 328, 1835
1830s, The Journals of Søren Kierkegaard, 1830s

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