Frases de Søren Kierkegaard
página 3

Søren Aabye Kierkegaard foi um filósofo e teólogo dinamarquês. Kierkegaard criticava fortemente quer o hegelianismo do seu tempo quer o que ele via como as formalidades vazias da Igreja da Dinamarca. Grande parte da sua obra versa sobre as questões de como cada pessoa deve viver, focando sobre a prioridade da realidade humana concreta em relação ao pensamento abstracto, dando ênfase à importância da escolha e compromisso pessoal. A sua obra teológica incide sobre a ética cristã e as instituições da Igreja. A sua obra na vertente psicológica explora as emoções e sentimentos dos indivíduos quando confrontados com as escolhas que a vida oferece. Como parte do seu método filosófico, inspirado por Sócrates e pelos diálogos socráticos, a obra inicial de Kierkegaard foi escrita sob vários pseudónimos que apresentam cada um deles os seus pontos de vista distintivos e que interagem uns com os outros em complexos diálogos. Ele atribui pseudónimos para explorar pontos de vista particulares em profundidade, que em alguns casos chegam a ocupar vários livros, e Kierkegaard, ou outro pseudónimo, critica essas posições. A tarefa da descoberta do significado das suas obras é pois deixada ao leitor, porque "a tarefa deve ser tornada difícil, visto que apenas a dificuldade inspira os nobres de espírito" Subsequentemente, os académicos têm interpretado Kierkegaard de maneiras variadas, entre outras como existencialista, neo-ortodoxo, pós-modernista, humanista e individualista. Cruzando as fronteiras da filosofia, teologia, psicologia e literatura, tornou-se uma figura de grande influência para o pensamento contemporâneo. Está sepultado no Cemitério Assistens.

✵ 5. Maio 1813 – 11. Novembro 1855   •   Outros nomes Sören Aabye Kierkegaard
Søren Kierkegaard photo
Søren Kierkegaard: 350   citações 122   Curtidas

Søren Kierkegaard Frases famosas

Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?

“Acima de tudo, não se esqueça da obrigação de amar a si mesmo.”

Carta a Hans Peter, primo de Kierkegaard (1848)

Citações de vida de Søren Kierkegaard

“É verdade quando a filosofia diz que a vida só pode ser compreendida olhando-se para trás. No entanto, esqueceram de outra frase: que ela só pode ser vivida olhando-se para a frente.”

Es ist wahr, was die Philosophie sagt, dass das Leben rückwärts verstanden werden muss. Aber darüber vergisst man den andern Satz, dass vorwärts gelebt werden muß.
Die Tagebücher 1834-1855

“Era uma vez uma época, e ela não está muito longe, em que também aqui se podia fazer sucesso com um bocadinho de ironia, que compensava todas as lacunas em outros aspectos, favorecia alguém com honrarias e lhe dava a reputação de ser culto, de compreender a vida e o caracterizava ante os iniciados como membro de uma vasta franco-maçonaria espiritual. Ainda nos deparamos de vez em quando com um ou outro representante deste mundo desaparecido, que conserva este fino sorriso, significativo, ambiguamente revelador de tanta coisa, este tom de cortesão espiritual, com o qual ele fez fortuna em sua juventude e sobre o qual construiu todo o seu futuro, na esperança de ter vencido o mundo. Mas ah! foi uma decepção! Em vão procura seu olhar explorador por uma alma irmã, e caso a época de seu esplendor não estivesse ainda fresca na memória de um ou de outro, suas caretas permaneceriam um enigmático hieroglifo para uma época na qual ele vive como hóspede e estrangeiro.  Pois nosso tempo exige mais, exige se não um pathos elevado, pelo menos altissonante, se não especulação, pelo menos resultados; quando não verdade, pelo menos convicção, quando não sinceridade, pelo menos protestos de sinceridade; e, na falta de sensibilidade, pelo menos discursos intermináveis a respeito desta. Por isso, nosso tempo cunha uma espécie bem diferente de rostos privilegiados. Não permite que a boca se feche obstinada, ou que o lábio superior trema com ar travesso, ele exige que a boca fique aberta; pois como poderíamos imaginar um verdadeiro e autêntico patriota, senão discursando, o rosto dogmático de um pensador profundo, senão com uma boca que fosse capaz de engolir o mundo todo; como nos poderíamos representar um virtuose da copiosa palavra vivente, senão com a boca escancarada? Ele não permite que paremos quietos e nos aprofundemos; andar devagar já desperta suspeita; e como nos poderíamos contentar com isso no instante movimentado em que vivemos, não época prenhe do destino, que, como todos reconhecem, está grávida do extraordinário? Nosso tempo odeia o isolamento, e como suportaria que um homem chegasse à ideia desesperada de andar sozinho através da vida, esse nosso tempo, que de mãos e braços dados (como membros viajantes das corporações de ofício e soldados rasos), vive para a ideia da comunidade?”

Fonte: O Conceito de Ironia - Constantemente Referido a Sócrates, p. 245-246

Citações de homens de Søren Kierkegaard

“Quem alcançou neste mundo grandeza igual à dessa bendita mulher, a mãe de Deus, a virgem Maria? No entanto, como se fala dela? A sua grandeza não provém do fato de ter sido bendita entre as mulheres, e se uma estranha coincidência não levasse a assembléia a pensar com a mesma desumanidade do predicador, qualquer jovem devia, seguramente, perguntar: Por que não fui eu também bendita entre as mulheres? Se se não possuísse outra resposta, de forma alguma acharia ter de rejeitar esta pergunta, pretextando a sua falta de senso; porque, no abstrato, em presença de um favor, todos temos mesmos direitos. São esquecidos a tribulação, a angústia, o paradoxo. Meu pensamento é tão puro como o de qualquer outro; e ele purifica-se, exercendo-se sobre as coisas. E se não se enobrecer pode-se então esperar pelo espanto; porque se essas imagens foram alguma vez evocadas jamais poderão ser esquecidas. E se contra elasse peca, extraem da sua muda cólera uma terrível vingança, mais terrível do que os rugidos de dez ferozes críticos. Maria, indubitavelmente, deu à luz o filho graças a um milagre, mas no decorrer de tal acontecimento foi como todas as outras mulheres, e esse tempo é o da angústia, da tribulação e do paradoxo. O anjo foi, sem dúvida, um espírito caritativo, mas não foi complacente porque não foi dizer a todas as outras virgens de Israel: Não desprezeis Maria, porque lhe sucedeu o extraordinário. Apresentou-se perante ela só e ninguém a pôde compreender. No entanto, que outra mulher foi mais ofendida do que Maria? Pois não é também verdade que aquele a quem Deus abençoa é também amaldiçoado com o mesmo sopro do seu espírito? É desta forma que se torna necessário, espiritualmente, compreender Maria. Ela não é, de maneira alguma, uma formosa dama que brinca com um deus menino, e até me sinto revoltado ao dizer isto e muito mais ao pensar na afetação e ligeireza de tal concepção. Apesar disso, quando diz: sou a serva do Senhor, ela é grande e imagino que não deve ser difícil explicar por que razão se tornou mãe de Deus. Não precisa, absolutamente nada, da admiração do mundo, tal como Abraão não necessita de lágrimas, porque nem ela foi uma heroína, nem ele foi um herói. E não se tornaram grandes por terem escapado à tribulação, ao desespero e ao paradoxo, mas precisamente porque sofreram tudo isso. Há grandeza em ouvir dizer ao poeta, quando apresenta o seu herói trágico à admiração dos homens: chorai por ele; merece-o; porque é grandioso merecer as lágrimas dos que são dignos de as derramar; há grandeza em ver o poeta conter a multidão, corrigir os homens e analisá-los um por um para verificar se são dignos de chorar pelo herói, porque as lágrimas dos vulgares chorões profanam o sagrado. Contudo ainda é mais grandioso que o cavaleiro da fé possa dizer ao nobre caráter que quer chorar por ele: não chores por mim, chora antes por ti próprio.”

“A maioria dos homens persegue o prazer com tanta impetuosidade que passa por ele sem vê-lo.”

Most men pursue pleasure with such breathless haste that they hurry past it.
Parables of Kierkegaard, Princeton paperbacks - página 27, Soren Kierkegaard, editor Thomas C. Oden, Princeton University Press, 1989, ISBN 0691020531, 9780691020532, 216 páginas

Søren Kierkegaard frases e citações

“Não há nada em que paire tanta sedução e maldição como um segredo.”

Der er intet andet, der hviler så megen forførelse og så megen forbandelse over som en hemmelighed
"Enten – Eller. Første del" (1843) texto completo online http://sks.dk/ee1/txt_37.htm

“Ficar em pé e provar a existência de Deus é bem diferente de ficar de joelhos e agradecê-Lo.”

for to stand on one leg and prove God's existence is a very different thing from going on one's knees and thanking him
The Journals Of Kierkegaard http://www.archive.org/stream/journalsofkierke002379mbp/journalsofkierke002379mbp_djvu.txt (1841)

“Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perde-se definitivamente.”

Variante: Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.

“Sem pecado, nada de sexualidade, e sem sexualidade, nada de História.”

men uden Synden ingen Sexualitet og uden Sexualitet ingen Historie
"Fire Opbyggelige Taler" [Quatro Discursos Construídos] in: "Søren Kierkegaards samlede værker; udgivne af A.B. Drachmann, J.L. Heiberg og H.O. Lange" - Página 319 http://books.google.com.br/books?id=ukQYAAAAYAAJ&pg=PA319; de Søren Kierkegaard - Publicado por Gyldendalske boghandels forlag (F. Hegel & søn), 1843; 430 páginas

“Enganar-se a respeito da natureza do amor é a mais espantosa das perdas. É uma perda eterna, para a qual não existe compensação nem no tempo nem na eternidade”

At bedrage sig selv for kærlighed er det forfærdeligste, er et evigt tab, for hvilket der ingen erstatning er, hverken i tid eller evighed
citado em "Gud er kærlighed: betragtninger over grundtankerne i Søren Kierkegaards "Kjerlighedens gjerninger"‎" - Página 24, H. J. Falk - Aros, 1986, ISBN 8770034869, 9788770034869 - 71 páginas
Atribuidas

Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?

Søren Kierkegaard: Frases em inglês

“It seems to be my destiny to discourse on truth, insofar as I discover it, in such a way that all possible authority is simultaneously demolished.”

Journals IV A 87 (1843)
1840s, The Journals of Søren Kierkegaard, 1840s
Contexto: It seems to be my destiny to discourse on truth, insofar as I discover it, in such a way that all possible authority is simultaneously demolished. Since I am incompetent and extremely undependable in men's eyes, I speak the truth and thereby place them in the contradiction from which they can be extricated only by appropriating the truth themselves. A man's personality is matured only when he appropriates the truth, whether it is spoken by Balaam's ass or a sniggering wag or an apostle or an angel.

“What the age needs is not a genius — it has had geniuses enough, but a martyr, who in order to teach men to obey would himself be obedient unto death. What the age needs is awakening.”

(20 November 1847)
1840s, The Journals of Søren Kierkegaard, 1840s
Contexto: What the age needs is not a genius — it has had geniuses enough, but a martyr, who in order to teach men to obey would himself be obedient unto death. What the age needs is awakening. And therefore someday, not only my writings but my whole life, all the intriguing mystery of the machine will be studied and studied. I never forget how God helps me and it is therefore my last wish that everything may be to his honour.

“Where is the boundary for the single individual in his concrete existence between what is lack of will and what is lack of ability; what is indolence and earthly selfishness and what is the limitation of finitude?”

Concluding Unscientific Postscript, Hong p. 490
1840s, Concluding Unscientific Postscript (1846)
Contexto: Where is the boundary for the single individual in his concrete existence between what is lack of will and what is lack of ability; what is indolence and earthly selfishness and what is the limitation of finitude? For an existing person, when is the period of preparation over, when this question will not arise again in all its initial, troubled severity; when is the time in existence that is indeed a preparation? Let all the dialecticians convene-they will not be able to decide this for a particular individual in concreto.

“Freedom succumbs to dizziness. Further than this, psychology cannot and will not go.”

Fonte: 1840s, The Concept of Anxiety (1844), p. 61
Contexto: Anxiety may be compared with dizziness. He whose eye happens to look down into the yawning abyss becomes dizzy. But what is the reason for this? It is just as much in his own eye as in the abyss, for suppose he had not looked down. Hence, anxiety is the dizziness of freedom, which emerges when the spirit wants to posit the synthesis and freedom looks down into its own possibility, laying hold of finiteness to support itself. Freedom succumbs to dizziness. Further than this, psychology cannot and will not go. In that very moment everything is changed, and freedom, when it again rises, sees that it is guilty. Between these two moments lies the leap, which no science has explained and which no science can explain. He who becomes guilty in anxiety becomes as ambiguously guilty as it is possible to become.

“A line by Thomas à Kempis which perhaps could be used as a motto sometime.”

JP X2A 167
1840s, The Journals of Søren Kierkegaard, 1840s
Contexto: A line by Thomas à Kempis which perhaps could be used as a motto sometime. He says of Paul: Therefore he turned everything over to God, who knows all, and defended himself solely by means of patience and humility.... He did defend himself now and then so that the weak would not be offended by his silence. Book III, chapter 36, para. 2, or in my little edition, p. 131.

“The tyrant dies and his rule is over; the martyr dies and his rule begins.”

1848
1840s, The Journals of Søren Kierkegaard, 1840s
Fonte: The Journals of Kierkegaard

“God creates out of nothing. Wonderful you say. Yes, to be sure, but He does what is still more wonderful: He makes saints out of sinners.”

7 July 1838
1830s, The Journals of Søren Kierkegaard, 1830s
Fonte: The Journals of Kierkegaard

“How absurd men are! They never use the liberties they have, they demand those they do not have. They have freedom of thought, they demand freedom of speech.”

Either/Or Part I, Swenson Translation p. 19 Variations include: People demand freedom of speech to make up for the freedom of thought, which they avoid. People demand freedom of speech as a compensation for the freedom of thought which they seldom use.
1840s, Either/Or (1843)

“It is the duty of the human understanding to understand that there are things which it cannot understand, and what those things are.”

1847
1840s, The Journals of Søren Kierkegaard, 1840s
Contexto: It is the duty of the human understanding to understand that there are things which it cannot understand, and what those things are. Human understanding has vulgarly occupied itself with nothing but understanding, but if it would only take the trouble to understand itself at the same time it would simply have to posit the paradox.

Autores parecidos

Arthur Schopenhauer photo
Arthur Schopenhauer 156
filósofo alemão
Hans Christian Andersen photo
Hans Christian Andersen 2
escritor e poeta dinamarquês de histórias infantis
Friedrich Nietzsche photo
Friedrich Nietzsche 794
filósofo alemão do século XIX
Ludwig Feuerbach photo
Ludwig Feuerbach 5
professor académico alemão
Karl Marx photo
Karl Marx 79
filósofo, economista e sociólogo alemão