„A coisa mais importante para os brasileiros (…) é inventar o Brasil que nós queremos.“
No documentário sobre o livro O Povo Brasileiro
Isa Grinspum Ferraz, O Povo Brasileiro, documentário, vídeo, 2000.
Data de nascimento: 26. Outubro 1922
Data de falecimento: 17. Fevereiro 1997
Darcy Ribeiro[1] foi um antropólogo, escritor e político brasileiro, conhecido por seu foco em relação aos índios e à educação no país.
Suas ideias de identidade latino-americana influenciaram vários estudiosos latino-americanos posteriores. Como Ministro da Educação do Brasil realizou profundas reformas que o levou a ser convidado a participar de reformas universitárias no Chile, Peru, Venezuela, México e Uruguai, depois de deixar o Brasil devido ao golpe militar de 1964.
No documentário sobre o livro O Povo Brasileiro
Isa Grinspum Ferraz, O Povo Brasileiro, documentário, vídeo, 2000.
"O Brasil como problema", de Darcy Ribeiro - Publicado por F. Alves, 1995 ISBN 8526503235, 9788526503236 - 320 páginas
"Confissões" - Página 12, de Darcy Ribeiro - Publicado por Companhia das Letras, 1997 - 585 páginas
"Somos todos culpados: pequeno livro de frases e pensamentos de Darcy Ribeiro" - Página 63; de Darcy Ribeiro, Eric Nepomuceno, Darcy Ribeiro, Eric Nepomuceno - Publicado por Editora Record, 2001 ISBN 8501060100, 9788501060105 - 247 páginas
O Povo Brasileiro: A Formação e o Sentido do Brasil
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. Segunda edição. São Paulo, Companhia das Letras, 1995, Pág. 167.
Atribuídas
Darcy Ribeiro no Roda Viva (1995)
Sobre o romance Migo, de sua autoria, e publicado em 1988
Darcy Ribeiro, Confissões, S.Paulo, Ed. Companhia das Letras, 1997, p. 515
citado em "Conceitos e Verdades" - Página 7, de Lúcio Gusmão Lôbo, Thesaurus Editora, 2001, ISBN 8570622562, 9788570622563
Atribuídas
Sobre o romance Migo, de sua autoria, e publicado em 1988
Darcy Ribeiro, Confissões, S.Paulo, Ed. Companhia das Letras, 1997, p. 515
O Povo Brasileiro: A Formação e o Sentido do Brasil
é uma fauna esquisita. Aqui tenho cara de todo bicho. [...]
No plano moral somos ainda menos gente. O bom mesmo, pra mim, seria me ver livre desse bando. Não tratar mais com nenhum deles, nunca mais. Stela, aloucada; Canuto, servil; Uriel, safado; o Cura, falso; Elmano, mofino; Guedes, poltrão. E para completar, eu. Eu, o quê? Tudo isso que atribuo a eles e mais: besta e metido.
Sou democrata jurado, socialista convicto, até comunista sou, conforme a definição. Mas tudo isso com o povo lá e eu cá, sem confluências. Que intelectualidade é esta nossa? De quem ela é? Supostamente somos a inteligência do povo brasileiro e do mineiro também. Mas como é, se só nos identificamos, de fato, conosco mesmo e com os ricos que dizemos detestar? Se só servimos aos donos da vida? Esse povo está é perdido se espera alguma coisa de nós. Os educados, os lidos, os competentes, os bonitos, entre nós, são serviçais fiéis da ordem. Nós intelectuais, nos pagando com palavras de discursos literários, somos esquerdistas pra inglês ver.
O desencontro é total. Nossa vanguarda lúcida, fiel a seu povo, não existe. O povo brasileiro está órfão. É um corpo sem cabeça. Nós, intelectuais, sem um povo com que nos identifiquemos, com horror do povo de verdade que aí está, somos uma cabeça decepada. A revolução que pregamos é para outra gente, eu não sei qual; de fato, para gente nenhuma. Mentindo, disfarçando, servimos é ao sistema, fielmente. Viva a ordem. Merda! » Migo