“Insone no leito de ferro, no abandono e na ausência, dona Flor parte na rota do acontecido, portos de bonança, mar de tempestades. Reúne momentos esparsos, nomes, palavras, o som de uma breve melodia, refaz o calendário. Deseja romper a cintura de aço desse crepúsculo, mais além estão o dia de trabalho e a noite de descanso, a vida de viver. Não esse viver num tempo gris de nojo, não esse vegetar num asfixiante pântano de lama, essa sua vida sem Vadinho. Como sair desse óvulo de morte, como atravessar a porta estreita desse tempo nu? Sem ele não sabe viver…”

Dona Flor and Her Two Husbands

Última atualização 22 de Maio de 2020. História
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Jorge Amado 144
escritor brasileiro 1912–2001

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