“Amaranta, por outro lado, cuja dureza de coração a espantava, cuja concentrada amargura a amargava, foi revelada na última análise como a mulher mais terna que jamais existira, e compreendeu com uma magoada clarividência que as injustas torturas a que submetera Pietro Crespi não eram ditadas por uma vontade de vingança, como toda a gente pensava, nem o lento martírio com que frustrou a vida do coronel Gerineldo Márquez tinha sido determinado pela bílis da sua amargura, como toda a gente pensava, mas sim que ambas as atitudes foram uma luta de morte entre um amor desmesurado e uma cobardia invencível, triunfando finalmente o medo irracional que Amaranta sempre teve do seu próprio e atormentado coração.”
—
Gabriel García Márquez
,
livro
Cem Anos de Solidão
One Hundred Years of Solitude
Última atualização 21 de Maio de 2020.
História
Tópicos
coração , análise , mulher , gente , medo , lado , atitude , amor , amor , vida , morte , mulheres , final , luta , medo , morte , vontade , último , coronel , próprio , vida , vingança , toda , outro , sempre , amargura , cobardia , lente , sim , tortura , durezaGabriel García Márquez 256
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