Frases de Paulo Queiroz

““Eu só quero a paz, a justiça e um mundo sem violência!”, gritou o terrorista antes de detonar a bomba.”

“O amor tudo perdoa; a traição, inclusive.”

“Não raro o mal tem o bem como pretexto.”

“O mérito sem poder é preferível ao poder sem mérito.”

“O medo, especialmente o medo da morte, é o pai de todos os deuses.”

“Falar, agir ou reinar em nome de Deus sempre foi a maior das pretensões humanas.”

“Um anjo me confidenciou que, depois de condenado, Lúcifer, arrependido, invocou Mateus 18:22 – em que Jesus diz a Pedro que não se deve perdoar sete vezes, mas setenta vezes sete – e que Deus o perdoara. O perdão, no entanto, foi desde então mantido em segredo, pois, sem o Diabo, ninguém O levaria a sério. Além do mais, uma boa fábula não tem a menor graça sem um vilão digno desse nome. O mesmo teria ocorrido com Adão e Eva.”

“O homem é um animal curiosíssimo: quase nada sabe sobre si mesmo, mas é capaz de dar grandes lições sobre Deus.”

“Ainda que o próprio Deus ditasse as leis, ainda que os juízes fossem santos, ainda que promotores, defensores e policiais formassem um exército de querubins, ainda assim a justiça e o direito seriam desiguais.”

“A história já nos mostrou o bastante sobre quão diabólicas podem ser as pessoas sempre que se julgam agir em nome de Deus.”

“O homem é um animal que se alimenta de ficções (religiosas, políticas etc.).”

“As teorias existem e são criadas para servir ao homem, e não contrário; se já não nos servem, devemos substituí-las.”

“Sobre a homofobia. Por que nos incomodar com o reconhecimento de direitos que não nos trazem prejuízo algum, mas, ao contrário, implicam a inclusão do outro? Por que nos arrogar advogados de Deus, se Ele, que é onipotente, onipresente e onisciente, não precisa de nós, embora precisemos (?) Dele? O que quer que os homens falem sobre Deus, a favor ou contra, é de si mesmo que falam (Nietzsche). Por que não somos minimamente honestos e reconhecemos que, a pretexto de atuar em nome de Deus, agimos, em verdade, em favor dos nossos próprios – e nada divinos – interesses?”

“Um homem absolutamente sincero é absolutamente insuportável.”

“Eis uma sentença sapientíssima: o homem é a medida de todas as coisas que são e não são (Protágoras).”

“A citação deve ter um duplo sentido: valorizar o que se diz e valorizar a citação mesma.”

“O que quer que possa ser pensado, por quem quer que possa ser pensado, como quer que seja pensado, sempre poderá ser pensado de diversas outras formas, e, pois, conduzir a resultados também diversos.”

“Apesar de não existir um direito a-histórico, atemporal, existem pessoas que se pretendem a-históricas e atemporais, isto é, de tal modo conservadoras ou reacionárias que estão em permanente conflito com os valores de seu tempo.”

“Os limites da interpretação são dados por uma outra interpretação.”

“A interpretação é uma fotografia da alma do intérprete.”

“Não existem fenômenos religiosos, mas apenas uma interpretação religiosa dos fenômenos (Nietzsche revisto).”

“A monogamia é uma violência.”

“Pessoas que amam são pessoas perigosas.”

“Com a idade o que ganhamos em experiência perdemos em criatividade. De todo modo, a criatividade exige novos desafios, novas experiências.”

“Todo culpado sonha com um “juiz imparcial” que o absolva.”

“Depressão é incapacidade de captar a beleza.”

“A incerteza do direito é a incerteza do amanhã: podemos fazer previsões, mais ou menos exatas, mas sem nenhuma garantia.”

“O ditador é um criminoso com poder; o criminoso, um ditador sem poder, ou com poder apenas sobre suas vítimas.”

“Os pais são por vezes tão presunçosos que querem roubar dos filhos o direito de sofrer.”

“A vida, como os alimentos, tem de ser mastigada, não engolida.”

“Não existem fenômenos criminosos, mas uma interpretação criminalizante dos fenômenos.”

“Existem religiões para leões e para cordeiros, com a diferença de que leões não precisam de pastores.”

“Que importa a verdade? O que de fato importa é que as histórias, as teorias e as ficções digam sim à vida!”

“Toda comparação, embora inevitável, é arbitrária.”

“Deixemos que a vida nos leve; evitemos moralizá-la, isto é, evitemos empobrecê-la.”

“Sofrimentos da alma são sofrimentos do corpo; cuidemos, pois, do corpo. A alma agradecerá.”

“Embora inevitáveis, evitemos os pensamentos que nos enfraquecem ou que nos deprimem.”

“Carpe diem significa aproveitar cada momento, bons e maus momentos.”

“Evitemos os rótulos; rótulos são prisões.”

“A minha religião é o amor por todos os seres vivos, pessoas, animais e vegetais (Tolstoi revisto);”

“Conhecimento (sabedoria) significa autoconhecimento, tornar-se mais compreensivo, mais tolerante, julgar menos;”

“Quanto mais ignorantes, mais intolerantes somos, com nós mesmos e com os outros;”

“Os chamados estados da alma são estados do corpo; conhecer o corpo é, pois, conhecer a alma;”

“É próprio de todo espírito conservador reagir a tudo que é novo e desejar a volta de um passado que desconhece.”

“A vida é um brevíssimo intervalo entre o nascimento e a morte; convém, pois, aproveitá-la.”

“Toda obra é, em última análise, autobiográfica.”

“Covardes não fazem história; fazem número.”

“Nesse mundo plural, complexo e multifacetado, que tentamos reduzir à nossa pobre cosmovisão, cabem todos: sábios e ignorantes, trabalhadores e vagabundos, senhores e escravos, médicos e curandeiros, pastores e feiticeiros, damas e prostitutas, crentes e ateus, moralistas e libertinos, fanáticos e criminosos. Toleremos e fomentemos, pois, a liberdade, ao invés de cerceá-la. O mundo será melhor se o ponto de vista do outro divergir do nosso, não o contrário. Evitemos o mau gosto de querer que nossas opiniões sejam aceitas pelos outros (Nietzsche).”

“Uma boa religião há de ensinar a viver, a amar e a morrer saudavelmente. O mais é excesso.”

“Saber lidar com uma religião (com a política etc.) é mais importante do que a religião mesma.”

“Verdade e mentira são igualmente necessárias à vida. Se preferimos a primeira à segunda, é porque em geral a verdade é mais fácil, nos é socialmente imposta e, pois, temos mais a ganhar com ela do que com a mentira. Casos há, porém, em que mentir não só é necessário como recomendável.”

“O milagre da fé/dos judeus: como um povo nômade, pequeno, frágil, pôde produzir mitos tão poderosos?”

“Eis uma sentença sapientíssima: “Nós introduzimos nossos valores nas coisas por meio da interpretação” (Nietzsche).”

“O direito é uma das mil faces do poder.”

“Queiramos ou não, e ainda que em caráter de exceção, quase tudo é, em tese, legitimável – logo, também deslegitimável – por meio do direito. O que é verdadeiramente trágico é saber quando e sob que condições isso possível.”

“A grande maioria nasceu para seguir o rebanho; e uns poucos para tocá-lo.”

“Disse-me uma coruja: pretender sacrificar-se pela humanidade, essa espécie cruel e desprezível, constitui uma grande tolice.”

“A popularidade exige muitas concessões, frequentemente espúrias.”

“Eticizar a política é uma ilusão necessária.”

“Em política não há limite para conchavos.”

“Conhecer é combater, é se dispor, permanentemente, a começar do ponto zero.”

“Ainda que pudéssemos assumir ora a forma de uma barata, ora a de um polvo, ora a de uma serpente, ora a de um leão, ora a de uma planta ou a de qualquer outra espécie, nem assim esgotaríamos as possibilidades de conhecer.”

“No fundo, nada fazemos pelos outros; tudo de bom e de ruim que fazemos, fazemos por nós mesmos.”

“Quando não se é capaz de amar pessoas e seres reais, é preciso inventá-los.”

“Não amamos algo por ser verdadeiro, mas por aumentar o nosso sentimento de poder.”

“Deuses e demônios nascem e morrem com as civilizações que os produzem.”