Frases de André Gide

André Paul Guillaume Gide foi um escritor francês.

Recebeu o Nobel de Literatura de 1947. Oriundo de uma família da alta burguesia, foi o fundador da Editora Gallimard e da revista Nouvelle Revue Française. Gide não somente era homossexual assumido, como também falava abertamente em favor dos direitos dos homossexuais, tendo escrito e publicado, entre 1910 e 1924, um livro destinado a combater os preconceitos homofóbicos da sociedade de seu tempo, Corydon.

Liberdade e libertação recusando restrições morais e puritanas, a sua obra articula-se ao redor da busca permanente da honestidade intelectual: como ser igual a si mesmo, ao ponto de assumir a sua pederastia e a sua homossexualidade. Entre as suas obras mais importantes estão Os Frutos da Terra, a já mencionada Corydon, A Sinfonia Pastoral, O Imoralista e Os Moedeiros Falsos. Wikipedia  

✵ 22. Novembro 1869 – 19. Fevereiro 1951   •   Outros nomes André Paul Guillaume Gide
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Obras

André Gide: 182   citações 28   Curtidas

André Gide Frases famosas

“Na frente de certos ricos, como não se sentir uma alma de comunista?”

En face de certains riches, comment ne pas se sentir une âme de communiste?
André Gide in: "Oeuvres complètes d'André Gide‎" - vol. 15, Página 125, N[ouvelle] r[evue] f[rançaise], 1932

“Nada impede mais a felicidade do que a lembrança da felicidade.”

citado em "Frases Geniais" - Página 14, de PAULO BUCHSBAUM - Editora Ediouro Publicações, ISBN 8500015330, 9788500015335

“Não acredites que a tua verdade possa ser encontrada por algum outro.”

Ne crois pas que ta vérité puisse être trouvée par quelque autre.
"Les nourritures terrestres" - página 209, André Gide - Sociéte du Mercure de France, 1897 - 210 páginas
Os frutos da Terra (1897)
Variante: Não te convenças de que a tua verdade possa ser encontrada por qualquer outro.

Citações de vida de André Gide

“Crê nos que buscam a verdade, duvida dos que a encontram.”

Croyez ceux qui cherchent la vérité, doutez de ceux qui la trouvent.
"Jeux sont faits" - página 174, André Gide - Gallimard, 1952 - 197 páginas

“Ser tornava-se-me imensamente voluptuoso. Desejara provar todas as formas da vida; as dos peixes e as das plantas. Em meio a todas as alegrias dos sentidos, invejava as do tato”

"Os frutos da Terra" - página 87, André Gide; tradução de Sérgio Milliet - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982 - 214 páginas
Os frutos da Terra (1897)

“Creio também que, nisto como em tudo, as frases nos enganam, porque a linguagem nos impõe mais lógica do que tem muitas vezes a vida; e que o que há de mais precioso em nós é o que permanece informulado.”

"Os frutos da Terra" - página 194, André Gide; tradução de Sérgio Milliet - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982 - 214 páginas
Os frutos da Terra (1897)

“é que nos apresentavam o progresso como divindade irrisória. Progresso do comércio e da indústria; das belas-artes, principalmente, que estupidez! Progresso do conhecimento, sim, sem dúvida. Mas o que importa é o progresso do próprio Homem.”

"Os frutos da Terra" - página 203, André Gide; tradução de Sérgio Milliet - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982 - 214 páginas
Os frutos da Terra (1897)

Citações de felicidade de André Gide

“Não devemos preparar as nossas alegrias ou, pelo menos, devemos saber que em seu lugar nos virá surpreender uma outra alegria. Toda a felicidade é de encontro e apresenta-se-nos em cada instante como um mendigo na estrada.”

Saisis de chaque instant la nouveauté irressemblable et ne prépare pas tes joies, ou sache qu’en son lieu préparé te surprendra une joie autre. Que n’as-tu donc compris que tout bonheur est de rencontre et se présente à toi, dans chaque instant comme un mendiant sur ta route.
"Les nourritures terrestres" - página 44, André Gide - Sociéte du Mercure de France, 1897 - 210 páginas
Os frutos da Terra (1897)

“Em verdade, da felicidade que alça voo à custa da miséria eu não quero. Uma riqueza que priva alguém de alguma coisa, eu não quero… Se minha roupa desnuda outrem, andarei nu.”

"Os frutos da Terra" - página 167, André Gide; tradução de Sérgio Milliet - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982 - 214 páginas
Os frutos da Terra (1897)

André Gide: Citações em tendência

André Gide frases e citações

“Não gosto dos que se acham com mérito por terem trabalhado penosamente. Porque, se o que fizeram foi penoso, seria por certo melhor que tivessem feito outra coisa. A sinceridade do meu prazer é o mais importante dos meus guias.”

Je n’aime point ceux qui se font un mérite d’avoir péniblement œuvré. Car si c’était pénible, ils auraient mieux fait de faire autre chose. La joie que l’on y trouve est signe de l’appropriation du travail et la sincérité de mon plaisir, Nathanaël, m’est le plus important des guides
"Les nourritures terrestres" - página 43, André Gide - Sociéte du Mercure de France, 1897 - 210 páginas
Os frutos da Terra (1897)

“Amas lo inhumano.”

The Immoralist

“As mentiras mais detestáveis são as que mais se aproximam da verdade.”

Les plus détestables mensonges sont ceux qui se rapprochent le plus de la vérité
"Si le grain ne meurt" - página 340, André Gide - Gallimard, Éditions de la Nouvelle revue française, 1929, ed. 44 - 372 páginas

“Aprendi a agir sem julgar se a acção é boa ou má. Amar sem me inquietar se é o bem ou se é o mal. Uma existência patética em vez da tranquilidade. E a não desejar nenhum repouso sem ser o que chegar com o sono da morte.”

Agir sans juger si l’action est bonne ou mauvaise. Aimer sans s’inquiéter si c’est le bien ou le mal. Nathanaël, je t’enseignerai la ferveur. Une existence pathétique, Nathanaël, plutôt que la tranquillité. Je ne souhaite pas d’autre repos que celui du sommeil de la mort.
"Les nourritures terrestres" - página 19, André Gide - Sociéte du Mercure de France, 1897 - 210 páginas
Os frutos da Terra (1897)

“Estamos ligados aos nossos actos como um fósforo à sua chama. Eles consomem-nos, é verdade, mas são eles que nos dão o nosso esplendor. E, se a nossa alma valeu alguma coisa, é porque ardeu com mais ardor do que outras.”

Nos actes s'attachent à nous comme sa lueur au phosphore. Ils nous consument, il est vrai, mais ils nous font notre splendeur. Et si notre âme a valu quelque chose, c'est qu'elle a brûlé plus ardemment que quelques autres
"Les nourritures terrestres" - página 21, André Gide - Sociéte du Mercure de France, 1897 - 210 páginas
Os frutos da Terra (1897)

“O sábio é aquele que se deslumbra com tudo.”

Le sage est celui qui s'étonne de tout.
"Les nourritures terrestres" - página 34, André Gide - Sociéte du Mercure de France, 1897 - 210 páginas
Os frutos da Terra (1897)
Variante: O homem sensato é aquele que se surpreende com tudo.

“Cada acção perfeita é sempre acompanhada por uma certa voluptuosidade. É assim que se reconhece que a devíamos fazer.”

Chaque action parfaite s'accompagne de volupte. A cela tu connais que tu devais la faire
"Les nourritures terrestres" - página 43, André Gide - Sociéte du Mercure de France, 1897 - 210 páginas
Os frutos da Terra (1897)

“Há doenças extravagantes que consistem em se querer ter o que se não tem. Devemos ficar à espera de tudo o que vier a nós, sem desejarmos o que não temos. Desejando apenas o que vier. Cada espera não deve ser um desejo, só mesmo uma disposição para acolher.”

Il y a des maladies extravagantes Qui consistent à vouloir ce que l’on n’a pas. [...] Ne désire jamais, Nathanaël, regoûter les eaux du passé. Nathanaël, ne cherche pas, dans l’avenir, à retrouver jamais le passé. Saisis de chaque instant la nouveauté irressemblable et ne prépare pas tes joies, ou sache qu’en son lieu préparé te surprendra une joie autre.
"Les nourritures terrestres" - página 44, André Gide - Sociéte du Mercure de France, 1897 - 210 páginas
Os frutos da Terra (1897)

“As ações mais decisivas das nossas vidas são muitas vezes ações inconsideradas.”

Variante: As acções mais decisivas das nossas vidas são muitas vezes acções inconsideradas.

“As coisas apenas valem pela importância que lhes damos.”

Variante: As coisas apenas valem pela importância que damos a elas.

“A maior necessidade deste mundo é de confiança e amor.”

Variante: A maior necessidade que há no mundo é de confiança e de amor.

“Não descobriremos terras novas se não nos atrevermos a perder de vista a margem durante longo tempo.”

Variante: Não se descobrem novas terras sem se largar da vista a costa durante muito tempo.

“As coisas mais belas são ditadas pela loucura e escritas pela razão”

Les choses les plus belles sont celles que souffle la folie et qu'écrit la raison.
Poésie: Les cahiers d'André Walter. Les poésies d'André Walter. Les nourritures terrestres. Les nouvelles nourritures. Souvenirs de la cour d'assises. Si le grain ne meurt. Journal (1889 à 1916) - Página 529, André Gide - Gallimard, 1952