“E assim era, pois, ante o fracasso dessa derradeira embaixatriz, Flor resolveu atender à voz da razão. Ou seja: aos cochichados argumentos de Vadinho a tentar convencê-la da única solução prática, viável, possível, e ao mesmo tempo deliciosa, terna e doce prova de amor e confiança. Convencida, precipitou-se a atender: abriu as coxas e deixou que ele a comesse como há muito lhe pedia e suplicava. Para referir toda a verdade, sem escamotear detalhes (nem mesmo escamoteando-os na simpática intenção de manter íntegros aos olhos do público a inocência e o recato de nossa heroína, fazendo-a ingênua vítima de irresistível dom-juan), deve-se dizer que Flor estava doidinha para dar, para dar e dar-se, entregar-se por inteira, um fogo a queimar-lhe as entranhas e o pudor, desatinada labareda.”
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Jorge Amado
,
livro
Dona Flor e Seus Dois Maridos
Dona Flor and Her Two Husbands
Última atualização 22 de Maio de 2020.
História
Tópicos
prática , fogo , razão , amor , público , solução , argumento , olho , intenção , fazenda , flor , voz , confiança , tempo , verdade , amor , único , prova , verdade , vítima , heroína , detalhe , íntegra , coxa , dizer , entranha , possível , inocência , toda , dom , doce , fracassoJorge Amado 144
escritor brasileiro 1912–2001Citações relacionadas

Karl Raimund Popper
(1902–1994)
citado em "Filosofia Do Direito E Justiça" - Página 115, Andityas Soares de Moura Costa Matos, Editora del Rey, 2006, ISBN 8573088745, 9788573088748

“Quanto à virtude, não basta conhecê-la, devemos tentar também possuí-la e colocá-la em prática.”
Aristoteles
(-384–-321 a.C.) filósofo grego