Fonte: Vagalume. Data de publicação: 25 de abril de 2011.
Fonte: Rebecca Black diz que não quer ser "a garota que canta Friday", Vagalume, 25 de abril de 2011 http://www.vagalume.com.br/news/2011/04/25/rebecca-black-diz-que-nao-quer-ser-a-garota-que-canta-friday.html,
“Poema – Caps part 3
- Rasgue os seus pulsos!
Corte a sua garganta!
- Não vê como todos estão te olhando?
Eles não te amam!
É impossível amar um monstro como você!
- Você não precisa sair do quarto
Ninguém lá fora se importa com você
- O que esta esperando?
Enforque-se! Enforque-se!
- Ninguém sentirá a sua falta
Todos vão sorrir quando você se for!
- Calem estas vozes! Eu suplico!
Tranquem-me em um quarto escuro
E me amarrem em camisas de força
Quero definhar em uma ala psiquiátrica
Até esquecer o meu nome
Sinto as baratas corroendo as minhas entranhas
Barulhos de ratos arranhando as paredes
- Calem-se! Calem-se!
- Quebrem os espelhos
Eu não consigo olhar o meu próprio rosto
Dilacerem a minha garganta!
Para que eu nunca mais consiga escutar
A minha própria voz
Eu não consigo parar de gritar e gritar
Mas parece que ninguém consegue me ouvir
Há uma multidão vivendo em mim
E todos eles sou eu!
- Eu quero rasgar o meu rosto com as unhas
Quero sentir os nervos e as vísceras pulsando
Nos meus dedos sujos de sangue!
- Matem-me, Matem-me!
Pois sou um homem covarde e doente
Eu não consigo tirar a minha própria vida
Tampouco calar estas vozes que me enlouquecem
- Você é um monstro
Não percebe como as pessoas te olham?
- Estão todos mentindo pra você
Todos eles vão partir e te abandonar
- Se enforque!
Enforque-se e poupe sofrimentos e angustias
- Você deveria raspar os cabelos
E cortar os pulsos!
- O seu corpo não é perfeito
As suas roupas fedem como trapos
E todos te olham com ódio e repulsa!
Calem-se!
Eu suplico que calem-se
Eu desejo definhar em uma ala psiquiátrica
Até esquecer o meu nome
Quero definhar até as vozes calarem-se por completo
Quero definhar até que o único som sejam os das baratas
Se alimentando das minhas vezes
Quero definhar…
Até não sobrar mais nada
Até que o pó
Que um dia compôs o meu corpo
Desapareça com o vento
No recanto do nada…
- Gerson De Rodrigues”
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poeta, escritor e anarquista Brasileiro 1995Citações relacionadas
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