“Antes de mais nada, é bom lembrar que estamos diante de um personagem contraditório. Ao mesmo tempo em que ele trata a psicanálise com escárnio, ele denota um temor profundo do que poderia encontrar caso se submetesse a ela: o famoso medo do desconhecido, que muita gente transforma em ironia como forma de autopreservação. Vale lembrar também que o escárnio com a psicanálise está no início do livro, quando o personagem tenta justificar de saída a conversa que está prestes a começar. Já a ideia de que roteirizar o próprio drama é libertar a vida do que a aprisiona está na segunda carta, no fim do livro. Entre um ponto e outro, podemos imaginar que o personagem passou por um processo transformador de autoanálise. Para ele, contar sua própria história para um colega jornalista, ou seja, roteirizar, dar uma ordem, um sentido ao seu drama, pode ter sido uma forma de libertação. Mas talvez não fosse a única.”

—  André Viana

Em entrevista http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2015/08/andre-viana-estreia-na-literatura-com-romance-que-explora-o-tragicomico.html

Obtido da Wikiquote. Última atualização 22 de Maio de 2020. História

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“Psicanálise é confissão sem absolvição.”

Gilbert Keith Chesterton (1874–1936)

or enforce psychoanalysis — that is, enforce confession without absolution.
What I saw in America - página 175, Gilbert Keith Chesterton - Hodder and Stoughton, 1922 - 308 páginas

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“(…)A vida é um escárnio sem sentido. Comédia infame que ensangüenta o lodo(…)”

Álvares de Azevedo (1831–1852) poeta, ensaísta, contista e dramaturgo paulista (1831-1852)

Álvares de Azevedo (Glória Moribunda)

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