“Úrsula ordenou um luto de portas e janelas fechadas, sem entrada nem saída para ninguém a não ser para assuntos indispensáveis; proibiu falar em voz alta durante um ano, e pôs o daguerreótipo de Remedios no lugar em que se velou o cadáver, com uma fita negra em diagonal e uma lâmpada de azeite acesa para sempre. As gerações futuras, que nunca deixaram apagar a lâmpada, haveriam de se desconcertar diante daquela menina de saia pregueada, botinhas brancas e laço de organdi na cabeça, que não conseguiam fazer coincidir com a imagem acadêmica de uma bisavó.”
Cem anos de solidão, Capítulo 5
Tópicos
laço , ser , diante , ano , lugar , cabeça , porta , branco , voz , imagem , futuro , assunto , entrada , janela , menino , menina , geração , porto , saída , fita , fechado , cadáver , remédio , sempre , acadêmico , luto , lâmpada , negro , saia , alta , azeite , falarGabriel García Márquez 256
1927–2014Citações relacionadas

“Morrer é o apagar da lâmpada ao nascer do dia e não o apagar do sol.”

“Quando tinha cinco anos. Eu nunca luto.”
ao ser perguntado pela última vez que lutou
Atribuídas

“As portas da sabedoria nunca estão fechadas.”

“Então mas porque é que a lâmpada é gaga?”
" Electrocussão de moscas ", Mixórdia de Temáticas 09-05-2014