“Canção da Torre Mais Alta
Mocidade presa
A tudo oprimida
Por delicadeza
Eu perdi a vida.
Ah! Que o tempo venha
Em que a alma se empenha.
Eu me disse: cessa,
Que ninguém te veja:
E sem a promessa
De algum bem que seja.
A ti só aspiro
Augusto retiro.
Tamanha paciência
Não me hei de esquecer.
Temor e dolência,
Aos céus fiz erguer.
E esta sede estranha
A ofuscar-me a entranha.
Qual o Prado imenso
Condenado a olvido,
Que cresce florido
De joio e de incenso
Ao feroz zunzum das
Moscas imundas.”
—
Rimbaud
Última atualização 18 de Janeiro de 2019.
História
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“Minha alma não aspira à vida imortal, mas esgota o campo do possível.”
Píndaro
(-517–-437 a.C.)
Variante: Oh, minha alma não aspira à vida imortal,
mas esgota o campo do possível.
Fonte: Coletânea de Pensamentos http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/frases/coletanea-02.html