“Carícias

Carícias sábias minhas mãos buscaram
Por teu corpo em botão, alvorescente;
E meus lábios sonâmbulos pisaram
Branduras de veludo alvo e dormente.

Triunfos nos meus olhos despontaram,
E gritos de clarim e de trombeta
Em meus ouvidos sôfregos soaram,
Como cantos de amor dalgum poeta.

Ritmos de doçuras e quebrantos,
Corpos vergados, como dois acantos,.
Gritaram alto que era doce a vida.

Apertei-te na ânsia de perder-te.
E quando regressei, voltei a ver-te:
Vi-te ainda mais longe e mais perdida.”

Em C. Vide, 4 Jano 929

Última atualização 21 de Maio de 2020. História

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“As carícias são tão necessárias para a vida dos sentimentos como as folhas para as árvores. Sem elas, o amor morre pela raiz.”

Nathaniel Hawthorne (1804–1864)

Caresses, expressions of one sort or another, are necessary to the life of the affections, as leaves are to the life of a tree. If they are wholly restrained, love will die at the roots.
Our old home: a series of English sketches‎ - Página 236 http://books.google.com.br/books?id=-kYgAAAAMAAJ&pg=PA236, Nathaniel Hawthorne - Houghton, Mifflin, 1868 - 380 páginas

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“O desejo exprime-se por uma carícia, tal como o pensamento pela linguagem.”

Jean Paul Sartre (1905–1980) Filósofo existencialista, escritor, dramaturgo, roteirista, ativista político e crítico literário francês

le désir s'exprime par la caresse comme la pensée par le langage.
L'être et le néant: essai d'ontologie phénoménologique - Página 459, Jean-Paul Sartre - Gallimard, 1943, ISSN 0520-0547, 722 páginas
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