“A Crueldade das Indiretas só encontra morada na Inviabilização do Debate.
Confundi-las com ironia é pagar para se precipitar no abismo da guerra palavrosa.
Quando a palavra não é dita face a face, mas atirada ao léu, ela não busca construir, mas ferir.
As indiretas carregam o veneno medonho da ambiguidade: dizem sem dizer, acusam sem assumir, afastam em vez de aproximar.
No lugar do diálogo sincero, abre-se espaço para mal-entendidos, ressentimentos e silêncios pesados.
Debater é olhar nos olhos, é sustentar a própria convicção sem precisar se esconder em meias-palavras.
Por isso, toda indireta é uma recusa ao encontro verdadeiro — uma forma disfarçada de fugir da verdade que poderia libertar.
Afinal, só há debate quando há coragem de expor, ouvir e responder.
Tudo o resto não passa de ruídos orquestrados ao desserviço do encardido.”
Tópicos
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“A Ironia é uma figura de retórica cuja significação entendida é contrária à das palavras ditas”
"eironeia, quae diversum ei quo dick intel- lectum petit. [...] in utroque enim contrarium ei quod dicitur intelligendum est."
citado em "The art of living: Socratic reflections from Plato to Foucault" - página 207, Aexander Nehamas - University of California Press, 1998, ISBN 0520211731, 9780520211735 - 283 páginas

“Pois o silêncio não tem fisionomia, mas as palavras muitas faces…”
“Cansei de jogar indiretas. Da próxima vez, jogo gasolina e acendo um fósforo.”