“ENTERRO DE POBRE:
“O velório do `Zé Moage`, foi de grande simplicidade. A viúva não serviu nada, faltou eletricidade. Na sala o sofá rasgado, disputado por tanta gente. Mantendo a tradição, dona Neuza do salão, chorava copiosamente. Manelito contava piada e ria no corredor, e o Leno na entrada da casa com seus causos de pescador. A certa altura da madrugada, com a conversa silenciada, a coisa deu uma desanimada. Inventaram uma vaquinha, pra comprar uma cachacinha. E assim vararam a noite, e assim chegou o dia, com o carro da funerária apressado igual cutia. Na avenida da cidade, passou com velocidade e o enterro no cemitério não teve nenhum mistério. Com a pá na terra vermelha o coveiro enterrou o defunto, e o povo ia saindo e assim esquecia o assunto. Inventário não foi preciso, pois não tinha o que arrolar, e a viúva no prejuízo, não achou com quem casar. Pouca gente nessa terra, se recorda do “Zé Moage”. Esqueceram de sua alma, apagaram sua passagem. Foi a sina do pobre homem, é a sina do homem pobre. “”
Ironias fúnebres
Tópicos
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“A solidão é a sala de audiência de Deus.”
a solitude is the audience-chamber of God.
"Imaginary Conversation" in: "The works of Walter Savage Landor" [ed. by J. Forster]. - Vol. I, Página 4 http://books.google.com/books?id=PbXjWYmVIakC&pg=PA4, de Walter Savage Landor - 1853

Dez Leis para ser Feliz, Augusto Cury - Sextante, 2010, ISBN 8575426036, 9788575426036, 119 páginas

“Se se construísse a casa da felicidade, a maior divisão seria a sala de espera.”
Si l'on bâtissait la maison du bonheur, la plus grande pièce serait la salle d'attente
Journal - página 368, Jules Renard - Gallimard, 1935 - 45 ed., 879 páginas

citado em "Fala Rock" - Página 52, Carmem Cacciacarro, Editora Garamond, ISBN 8576170744, 9788576170747 - 144 páginas

“Nada serviu tanto o despotismo como as ciências e os talentos.”
Atribuídas