“Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala. Arrastaram-se para lá, devagar, Sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda da pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás.”
Cap. 1
Vidas Secas
Tópicos
légua , verde , dia , hora , filho , cabeça , rio , quarto , filha , viagem , preso , vitória , menino , menina , sombra , folha , ombro , bem , cachorro , longe , pouco , caminhada , planície , pelada , mancha , velho , areia , espingarda , três , correio , novoGraciliano Ramos 54
1892–1953Citações relacionadas

“Meus filhos só vêem tevê três horas por semana. E quando vão bem na escola.”
Revista ISTO É, Edição 1723.

Antoine de Saint-Exupéry - Cartas do Pequeno Príncipe - Tradução de Magda Soares Guimarães. Belo Horizonte. Editora Itatiaia Ltda. p. 91