“O que o ser humano mais aspira é tornar-se um ser humano.”
Variante: E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano
Clarice Lispector foi uma premiada escritora e jornalista nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira — e declarava, quanto à sua brasilidade, ser pernambucana —, autora de romances, contos e ensaios sendo considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX e a maior escritora judia desde Franz Kafka. Sua obra está repleta de cenas cotidianas simples e tramas psicológicas, sendo considerada uma de suas principais características a epifania de personagens comuns em momentos do cotidiano.
Nasceu em uma família judaica da Rússia que perdeu suas rendas com a Guerra Civil Russa e se viu obrigada a emigrar em decorrência da perseguição a judeus que estava sendo pregada então, resultando em diversos extermínios em massa. Clarice chegou ao Brasil , ainda pequena, em 1922, com seus pais e duas irmãs. A escritora dizia não ter nenhuma ligação com a Ucrânia - "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo" - e que sua verdadeira pátria era o Brasil. Inicialmente, a família passou um breve período em Maceió, até se mudar para o Recife, onde Clarice cresceu e onde, aos oito anos, perderia a mãe. Aos quatorze anos de idade, transfere-se com o pai e as irmãs para o Rio de Janeiro, onde a família estabilizou-se, e onde o seu pai viria a falecer, em 1940.
Estudou direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro, conhecida como Universidade do Brasil, apesar de, na época, ter demonstrado mais interesse pelo meio literário, no qual ingressou precocemente como tradutora, logo se consagrando como escritora, jornalista, contista e ensaísta, tornando-se uma das figuras mais influentes da literatura brasileira e do modernismo e sendo considerada uma das principais influências da nova geração de escritores brasileiros. É incluída pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do século XX.
Suas principais obras marcam cada período de sua carreira. Perto do coração selvagem foi seu livro de estreia; Laços de família, A paixão segundo G.H., A hora da estrela e Um sopro de vida são seus últimos livros publicados. Faleceu em 1977, um dia antes de completar 57 anos, em decorrência de um câncer de ovário. Deixou dois filhos e uma vasta obra literária composta de romances, novelas, contos e crônicas.
“O que o ser humano mais aspira é tornar-se um ser humano.”
Variante: E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano
Água Viva - página 67, Clarice Lispector - Círculo do Livro, 1973.
Água Viva
“Estou tão assustada que só poderei aceitar que me perdi se imaginar que alguém me está dando a mão”
The Passion According to G.H.
Variante: Estou tão assustada que só poderei aceitar que me perdi se imaginar que alguém me está dando a mão.
The Passion According to G.H.
Um sopro de vida
Variante: Oh Deus, eu que faço concorrência a mim mesma. Me detesto. Felizmente os outros gostam de mim. É uma tranqüilidade.
“A eternidade é o estado das coisas neste momento.”
A hora da estrela
“Nós ainda somos moços, podemos perder algum tempo sem perder a vida inteira.”
"Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres" - Página 47; de Clarice Lispector - Publicado por Rocco, 1998.
Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres
“A vida é igual em toda a parte e o que é necessário é a gente ser a gente.”
Minhas Queridas
A paixão segundo G.H.
A paixão segundo G.H.
A paixão segundo G.H.
“O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo.”
A paixão segundo G.H.
“Sempre conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim.”
A paixão segundo G.H. - página 30, Clarice Lispector - Sabiá, 1964 - 182 páginas
A paixão segundo G.H.