Citações sobre comida e bebida

Tópicos relacionados
Jean Jacques Rousseau photo

“Os animais que você come não são aqueles que devoram outros, você não come as bestas carnívoras, você as toma como padrão. Você só sente fome pelas criaturas doces e gentis que não ferem ninguém, que o seguem, o servem, e que são devoradas por você como recompensa de seus serviços.”

Les animaux que vous mangez ne sont pas ceux qui mangent le autres: vous ne les mangez pas ces animaux carnassiers, vous les imitez: vous n'avez faim que des bêtes innocentes et douces qui ne font de mal à personne, qui s'attachent à vous, qui vous servent, et que vous dèvorez pour prix de leurs services.
Émile - Página 138 http://books.google.com.br/books?id=CI89AAAAYAAJ&pg=PA138, Jean-Jacques Rousseau - A. Belin, 1817
Emile

Frank Sinatra photo

“O álcool pode ser o pior inimigo do homem, mas a Bíblia nos diz para amarmaos nossos inimigos.”

Frank Sinatra (1915–1998) Cantor, ator e produtor estadunidense

Alcohol may be man's worst enemy, but the bible says love your enemy.
Frank Sinatra como citado em The Hangover Survival Guide - Página 68 http://books.google.com.br/books?id=LR24mwQEIrwC&pg=PA68, Christopher Shultz, David Sloan - 2006

Konrad Lorenz photo

“É um bom exercício para um pesquisador livrar-se de uma hipótese favorita todo dia, antes do café da manhã. Isso o manterá jovem.”

Konrad Lorenz (1903–1989)

Konrad Lorenz, conforme encontrado em Singh, Simon - Big Bang - Capítulo: "O que é ciência?" - Editora Record - 2006 - pág.: 459
Atribuidas

Carl Gustav Jung photo

“Toda forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo.”

Carl Gustav Jung (1875–1961) psiquiatra e psicoterapeuta suíço

como citado em citado em Revista Veja, edição 1629, 22/12/1999, p. 11

Robert Green Ingersoll photo
Jean Paul Sartre photo

“É preferível morrer pelo fogo, em combate, que em casa, pela fome.”

Jean Paul Sartre (1905–1980) Filósofo existencialista, escritor, dramaturgo, roteirista, ativista político e crítico literário francês

Furacão sôbre Cuba: Em apêndice: Trata-se du uma revolução - página 146, Jean-Paul Sartre, Editôra do Autor, 1961

Aleksandr Solzhenitsyn photo

“Uma fome que apareceu algures sem seca e sem guerra.”

Aleksandr Solzhenitsyn (1918–2008) romancista, dramaturgo e historiador russo

Aleksandr Solzhenitsyn, Arquipélago de Gulag; sobre Holodomor.

Lady Gaga photo
Jair Bolsonaro photo
Virginia Woolf photo

“As mulheres durante todos estes séculos serviram de espelhos possuindo o poder mágico e delicioso de refletir uma imagem do homem com o dobro do seu tamanho natural. Sem esse poder, provavelmente, a Terra seria ainda pântano e selva. As glórias de todas as guerras seriam desconhecidas. Estaríamos ainda arranhando os contornos de cervos nos restos de ossos e trocando pederneiras por peles de carneiro ou qualquer outro ornamento simples que agradasse ao nosso gosto sem sofisticação. O Super Homem ou o Dedo do Destino nunca teriam existido. O Czar e o Kaiser nunca teriam portado suas coroas ou as perdido. Qualquer que possa ser sua utilidade em sociedades civilizadas, espelhos são essenciais a toda ação violenta e heróica. Eis porque tanto Mussolini quanto Napoleão insistem tão enfaticamente na inferioridade das mulheres, pois se elas não fossem inferiores, eles pararariam de engrandescer-se. Isso serve para explicar, em parte, a indispensável necessidade que as mulheres tão freqüentemente representam para os homens. E serve para explicar como eles ficam inquietos quando colocados sob a sua crítica, como é impossível para ela dizer-lhes que este livro é ruim, este quadro é fraco, ou o que quer que seja, sem causar mais dor ou despertar mais raiva que um homem que fizesse a mesma crítica. Pois, se ela começa a dizer a verdade, a figura no espelho encolhe, sua aptidão para a vida é diminuída. Como pode ele continuar a passar julgamentos, a civilizar nativos, a fazer leis, escrever livros, arrumar-se todo e discursar em banquetes, a menos que possa ver a si mesmo no café da manhã e no jantar com pelo menos o dobro do tamanho que realmente é?”

Um Teto Todo Seu

Stephen King photo
Marjorie Estiano photo

“Pra tudo na vida você precisa ter moderação e equilíbrio. Você pode fazer qualquer coisa virar uma doença. Lavar as mãos pode se tornar obsessivo se você lavar uma, duas, três vezes em pouco tempo. Enfim, com a bebida deve-se ter muito cuidado porque você não expõe só a si, mas a todas as pessoas que estão à sua volta, conhecidas ou não, como no trânsito, por exemplo.”

Marjorie Estiano (1982) Atriz brasileira

Respondendo à pergunta “Qual a sua posição em relação à bebida?”
Fonte: Globo.com.
Fonte: Entrevista: Marjorie Estiano, Globo, Globo, 15 de setembro de 2006 http://paginasdavida.globo.com/Novela/Paginasdavida/0,,AA1275105-6957-1,00.html,

Inácio de Antioquia photo

“O Gênesis do absurdo.

No início não havia coisa alguma.
Não existia a fome.
A seca.
Os terremotos ou todo o monte
de destroços por cima de corpos
esmagados que eles acostumam
deixar para trás.

Não existia traições,
sacrifícios.

Não tinha homicídios,
as chacinas,
ou os temíveis
genocídios.

Não existia a sede e nem as pestes.

Não havia o governo,
cientistas
ou as bombas atômicas.

No início não existia qualquer tipo
de armas
ou muito menos
todas as guerras feitas
por elas.

No início não existia dinheiro
ou muito menos a buscar
por algum tipo
de poder.

No início não havia morte,
e muito menos
o luto.

Não tinha o choro,
a agonia,
as lamentações.

Não havia desesperança,
nem ossos mutilados.

Os vícios ou suas drogas.

Não tinha os estupros,
as torturas.
Não havia indignação.

Não existia vingança,
nem desistência.

No início tudo estava em sintonia,
não havia nada,
era algo singular,
sem quês ou porquês.

No início tudo era tudo.

Nem belo, nem feio.

Nem quente, nem frio.

Nem liso, ou aspero.

Na início nada era bom,
pois não tinha nada
que fosse mal.

Não tinham respostas, pois não
haviam perguntas para
serem feitas.

No início de tudo,
luz
e
escuridão
eram a mesma
coisa.

Até que alguma força,
que a maioria diz
ter sido alguma espécie de deus
benevolente,
de poder incomparável
e inteligência
absoluta,
resolveu que deveria dar início
há tudo.

Pelo visto, algo se cansou
de estar sozinho
e entendeu que a solução
seria espalhar
sua vasta energia
por ai,
criando todo o tempo
e o tecido do
espaço.

Resolveu que a perfeição era
uma besteira
e deu início a todo o
imperfeito.

Algum ser filho da puta
o suficiente,
há muito tempo
resolveu sem consultar a
ninguém
(Porque só havia ele)
que a vida deveria existir.

E assim fez, instalando o caos,
por dentro de absolutamente
todas as coisas.

Há muito, muito tempo,
alguém
ou algo
resolveu nos trazer até
aqui
e após perceber
o tamanho da merda que tinha
cometido,
se foi
e nunca mais
voltou.

Talvez por culpa
ou vergonha,
quem é que vai
saber?

Talvez, o universo seja a vasta criação
de alguma criatura covarde
que se foi pela fuga
de seu próprio infinito
quando percebeu que seu egoísmo
absurdo
fez com que cometesse
uma atrocidade.

E tudo o que sobrou, da bendita
imbecilidade do seu criacionismo
foram coisas como
a gente,
fazendo coisas como gente
e pagando pelos erros
de um
deus vergonhoso
que
segundo o cristianismo,
a coisa mais interessante que
conseguiu fazer enquanto
aqui esteve, foi ter feito a Terra,
antes mesmo
de criar
o Sol.”

Mia Couto photo

“A guerra cria um outro ciclo no tempo. Já não são os anos, as estações que marcam as nossas vidas. Já não são as colheitas, as fomes, as inundações. A guerra instala o ciclo do sangue. Passamos a dizer: "antes da guerra, depois da guerra". A guerra engole os mortos e devora os sobreviventes.”

Mia Couto (1955)

A Varanda do Frangipani
Variante: A guerra cria um outro ciclo no tempo. Já não são os anos, as estações que marcam as nossas vidas. Já não são as colheitas, as fomes, as inundações. A guerra instala o ciclo do sangue. Passamos a dizer: “antes da guerra, depois da guerra”. A guerra engole os mortos e devora os sobreviventes.

Baltasar Gracián photo