“Não teve artista no enterro de Raul Seixas. Nós sempre estivemos à margem e carregávamos isso com muito orgulho, por não fazer parte dessa corja, dessa panelinha, desse oba-oba, desse puxa-saquismo, dessa coisa de profissionalismo institucionalizado, que obriga você a ser gentil, cortês, educado para receber favores em troca de seu bom comportamento. A gente nunca se submeteu a este tipo de postura. Isso é romântico, caramba! Fizemos cinqüenta shows, fomos assistidos por duzentas mil pessoas e não tivemos uma matéria na Rede Globo. Mas as casas, os auditórios estavam sempre cheios de pessoas para ouvir o que tínhamos a dizer. Então, este orgulho romântico, ingênuo, se justifica na medida em que nós conseguimos usar a espada de Ivanhoé contra o raio laser do sistema. A gente não queria conquistar o mundo, sabíamos de nossas limitações e do nosso lugar. Isso também é muito importante, porque a coisa do sucesso nunca embriagou Raul. Ele se embriagava, mas não de sucesso… E nem embriagou a mim.” Marcelo Nova (1951) De pessoas , De arte , De mundo , Casa
“Aquela corja tinha nascido para escravos. Queriam ser anarquistas à custa alheia. Queriam a liberdade, logo que fossem os outros que lha arranjassem, logo que lhe fosse dada como um rei dá um título! Quase todos eles são assim, os grandes lacaios!” Fernando Pessoa livro O Banqueiro Anarquista O Banqueiro Anarquista Liberdade
“Não dá não dá ela repetia mostrando o dinheirinho que não dava embolado na mão. Mas dar mesmo até que ela deu bastante. Pra meu gosto até que ela deu demais. Uma corja de piolhentos pedindo e ela dando.” Lygia Fagundes Telles livro As Meninas As Meninas De deus
Esta frase aguardando revisão. “De repente, nossas necessidades mais básicas voltam a ocupar o centro das atenções.É hora de arrastar as pautas para o centro do palco novamente…Começaram pela “Insegurança” — e começaram ditando o tom.Tiros. Mortes.Não pouco — nem um, nem outro.Tiros deliberados deveriam sempre nos assustar, nos impactar.Mortes também.Mas o Crime Desorganizado já entendeu que, para sensibilizar uma sociedade que — infelizmente — também já banaliza quase tudo, às vezes é preciso passar só um pouquinho além do ponto.Apreensão de meia dúzia de fuzis…Meia dúzia de mortes…“Coisas da vida”!?As 121 mortes reencontraram a sensibilidade de muitos — e reaqueceram um debate que nunca se fecha.Reaqueceu de forma apaixonada, embora desinteligente.Mas reaqueceu.Até colocou em evidência o Crime Desorganizado e o Organizado… como se não coexistissem, como se não se retroalimentassem mutuamente.Sem a sinergia entre Saúde, Educação e Segurança, não há base sólida para pleitear ou defender qualquer outra necessidade.Qualquer outro direito.Que bom que existem os recessos e os excessos!Daqui a pouco, todos entram em recesso — e se calam.Nós, seguimos nos preparando espiritualmente para o Natal, para o réveillon…Depois do futebol, ainda tem carnaval.Ah, se não fossem os recessos, os excessos e as distrações…Se tivéssemos nos interessado por política antes de as Redes Sociais parirem essa corja de Políticos-Influencers, talvez não estivéssemos tão apaixonados por esses Criadores de Conteúdo brincando de governar.Eis que o Ano Eleitoral se aproxima…” Alessandro Teodoro Natal , De vida , De morte , De saúde