“Nada fica de nada. Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da húmida terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.

Leis feitas, 'státuas vistas, odes findas -
Tudo tem cova sua. Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, porque não elas?
Somos contos contando contos, nada.”

Texto Crítico das Odes de Fernando Pessoa – Ricardo Reis: Tradição Impressa Revista e Inéditos

Última atualização 21 de Maio de 2020. História
Tópicos
leis , terra , lei , conta , ar , conto , sol , sangue , carne , imposto , feito , íntimo , treva , status , vistos , ode , cadáver , pouco , nada
Fernando Pessoa photo
Fernando Pessoa 931
poeta português 1888–1935

Citações relacionadas

Clarice Lispector photo
Khalil Gibran photo
Blaise Pascal photo
Miguel Sousa Tavares photo

“Nada disto tu viste, nada te contei, nada é teu.”

Não Te Deixarei Morrer, David Crockett

Fernando Pessoa photo

Tópicos relacionados