Frases de Tony Judt
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Tony Judt foi um historiador, escritor e professor universitário britânico.

✵ 2. Janeiro 1948 – 6. Agosto 2010   •   Outros nomes Тони Джъд, 토니 젓
Tony Judt: 47   citações 2   Curtidas

Tony Judt Frases famosas

“A seriedade moral na vida pública é como a pornografia: difícil de definir, fácil de se identificar quando se vê. Representa uma coerência entre intenção e ação, uma ética de responsabilidade política. Toda política é a arte do possível. Contudo, até a arte tem sua ética.”

No original: "Moral seriousness in public life is like pornography: hard to define but you know it when you see it. It describes a coherence of intention and action, an ethic of political responsibility. All politics is the art of the possible. But art too has its ethic."
O Chalé da Memória (2010)
Fonte: Capítulo III - Austeridade. Tradução de Celso Nogueira.

“A boa sociedade, como a própria bondade, não pode ser reduzida a uma única fonte: o pluralismo ético é a precondição necessária para uma democracia aberta.”

No original: "The good society, like goodness itself, cannot be reduced to a single source; ethical pluralism is the necessary precondition for an open democracy."
Pensando o Século XX (2012)
Fonte: Capítulo 6 - Geração do Entendimento: Liberal Europeu Oriental. Tradução de Otacílio Nunes.

“Se não há bem único, então provavelmente não há nenhuma forma única de análise que capte todas as diversas formas do bem, e nenhuma lógica política única que possa dominar toda a ética.”

No original: "If there is no single good, then there is likely no single form of analysis that captures all the various forms of the good, and no single political logic that can master all of ethics."
Pensando o Século XX (2012)
Fonte: Capítulo 6 - Geração do Entendimento: Liberal Europeu Oriental. Tradução de Otacílio Nunes.

“Quando falamos dos comunistas, poderíamos começar com conceitos. Os fascistas não têm realmente conceitos. Eles têm atitudes. Têm respostas características à guerra, à depressão e ao atraso. Mas não começam com um conjunto de ideias que depois aplicam ao mundo.”

No original: "When we spoke of the Marxists we could begin with concepts. The fascists don’t really have concepts. They have attitudes. They have distinctive responses to war, depression and backwardness. But they don’t start out with a set of ideas that they then apply to the world."
Pensando o Século XX (2012)
Fonte: Capítulo 5 - Paris, Califórnia: Intelectual Francês. Tradução de Otacílio Nunes.

“Não fui, não sou e não me comporto como anti-israelense. Entendo quanto há de errado no mundo árabe e não me sinto nem um pouco inibido em falar sobre isso. Tenho amigos israelenses e árabes. Sou um judeu que não é nada relutante a discutir as consequências pertubadoras de nossa obsessão contemporânea com a comemoração do Holocausto.”

No original: "I was not, am not, and do not come across as anti-Israeli. I understand just how much there is amiss in the Arab world and don’t feel in the least inhibited in talking about it. I have Israeli friends and Arab friends. I am a Jew who is not at all reluctant to discuss the troubling consequences of our contemporary obsession with Holocaust commemoration"
Pensando o Século XX (2012)
Fonte: Capítulo 4 - Os King's e os Kibutzim: Sionista de Cambridge. Tradução de Otacílio Nunes.

“Uma coisa é eu dizer que estou disposto a sofrer agora por um futuro desconhecido, mas possivelmente melhor. Outra coisa é eu autorizar o sofrimento de outros em nome desse mesma hipótese inverificável. Este, em minha opinião, é o pecado intelectual do século: fazer um julgamento sobre o destino de outros em nome do futuro deles como você o vê, um futuro em que você pode não ter nenhum investimento, mas em relação ao qual você reivindica informação exclusiva e perfeita.”

No original: " It is one thing to say that I am willing to suffer now for an unknowable but possibly better future. It is quite another to authorize the suffering of others in the name of that same unverifiable hypothesis. This, in my view, is the intellectual sin of the century: passing judgment on the fate of others in the name of their future as you see it, a future in which you may have no investment, but concerning which you claim exclusive and perfect information."
Pensando o Século XX (2012)
Fonte: Capítulo 3 - Socialismo Familiar: Marxista Político. Tradução de Otacílio Nunes.

Tony Judt frases e citações

“Que o marxismo é uma religião secular parece evidente. Mas exatamente qual religião ele está seguindo? Isso nem sempre é tão claro. Ele abrange muito da escatologia cristã tradicional: a queda do homem, o Messias, seu sofrimento e a redenção vicária da humanidade, a salvação, a ascensão e assim por diante. O judaísmo também está lá, mas menos em substância do que em estilo. Em Marx e em alguns dos mais interessantes marxistas posteriores (Rosa Luxemburgo, talvez, ou Léon Blum) - e sem dúvida nos intermináveis debates socialistas alemães realizados nas páginas do Die Neue Zeit - podemos prontamente discernir uma variedade de pilpul, a dialética autoindulgente brincalhona que está no centro dos julgamentos rabínicos e na moralização e contação de histórias judaicas tradicionais.”

No original: "That Marxism is a secular religion seems self-evident. But just which religion is it tracking? That is not always so clear. It comprises much of traditional Christian eschatology: the fall of man, the Messiah, his suffering and humanity’s vicarious redemption, the salvation, the rise and so on. Judaism is there too, but less in substance than style. In Marx and in some of the more interesting later Marxists (Rosa Luxemburg, perhaps, or Léon Blum)—and without question in the interminable German Socialist debates conducted in the pages of Die Neue Zeit—we can readily discern a variety of pilpul, the playful dialectical self-indulgence at the heart of rabbinical judgments and traditional Jewish moralizing and storytelling"
Pensando o Século XX (2012)
Fonte: Capítulo 3 - Socialismo Familiar: Marxista Político. Tradução de Otacílio Nunes.

“Nós - esquerdistas, acadêmicos, professores - deixamos a política para quem o poder de fato é muito mais interessante do que suas implicações simbólicas. O politicamente correto e a política dos gêneros, mas acima de tudo a hipersensibilidade aos sentimentos feridos (como se existisse um direito de não ser magoado): eis aí o nosso legado.”

No original: "We—the left, academics, teachers—have abandoned politics to those for whom actual power is far more interesting than its metaphorical implications. Political correctness, gender politics, and above all hypersensitivity to wounded sentiments (as though there were a right not to be offended): this will be our legacy."
O Chalé da Memória (2010)
Fonte: Capítulo XXI - Mulheres, Mulheres, Mulheres. Tradução de Celso Nogueira.

“A Europa é o menor continente. Sequer chega a ser um continente - é apenas um anexo subcontinental da Ásia. Toda a Europa (excluindo a Rússia e a Turquia) compreende não mais do que 5,5 milhões de quilômetros quadrados: menos do que dois terços da superfície do Brasil, pouco mais do que a metade da área da China ou dos Estados Unidos. Mas, quanto à intensidade das diferenças e dos contrastes internos, a Europa é singular.”

No original: Europe is the smallest continent. It is not really even a continent—just a subcontinental annexe to Asia. The whole of Europe (excluding Russia and Turkey) comprises just five and a half million square kilometers: less than two thirds the area of Brazil, not much more than half the size of China or the US. But in the intensity of its internal differences and contrasts, Europe is unique.
Pós-Guerra: Uma História da Europa desde 1945 (2005)
Fonte: Prefácio. Tradução de José Roberto O'Shea.

Tony Judt: Frases em inglês

“The greatest beneficiaries of the modern welfare state, after all, were the middle classes.”

Chap. 14 : Diminished Expectations
Postwar: A History of Europe Since 1945 (2005)