“Creio que não estamos sendo muito persuasivos em certos círculos.”
ao ser vaiado durante seu discurso no Parlamento; citado em Revista Veja http://veja.abril.com.br/110204/vejaessa.html, Edição 1840 . 11 de fevereiro de 2004
Anthony Charles Lynton "Tony" Blair é um político britânico, tendo ocupado o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido de 2 de maio de 1997 a 27 de junho de 2007, e foi líder do Partido Trabalhista de 1994 a 2007 e de membro do Parlamento Britânico de 1983 a 2007.
Depois de deixar o cargo de primeiro-ministro, Blair foi indicado para a posição de enviado no Oriente Médio da ONU, da União Européia, dos Estados Unidos e da Rússia.
Blair foi educado em colégios de Edimburgo e depois estudou Direito em Oxford, convertendo-se em advogado especializado em Direito Sindical em 1976. Em 1983, foi eleito deputado do Partido Trabalhista Inglês no Parlamento. De 1984 a 1987, foi porta-voz da oposição sobre assuntos de tesouro e economia.
Após a morte de John Smith em 1994, Blair, então com 41 anos, tornou-se o líder mais jovem já surgido no Trabalhismo inglês. O Congresso de seu partido em 1996, adotou a política proposta por Tony Blair, que buscava uma reforma constitucional, especial atenção à educação e à saúde e a maior integração com a União Europeia . Nas eleições de 1997, derrotou o conservador John Major por uma grande maioria dos votos. Apresentou "O modelo para o século XXI", segundo o princípio "trabalho para os que podem trabalhar" e "assistência para os que não podem trabalhar". Contribuiu para pôr fim a trinta anos de conflito na Irlanda do Norte, firmando após quase dois anos de negociações um acordo de paz. Este acordo contou com a colaboração do presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton.
Como presidente no retorno do Conselho da União Europeia, Blair aprovou o tratado de Maio de 1998 para a circulação do Euro. Em Janeiro de 1999 propôs converter a Câmara de Lordes em um senado com eleição por sufrágio universal. No mesmo ano obteve o Prêmio Carlos Magno pela sua contribuição à unidade européia.
Como primeiro-ministro do Reino Unido, aprovou a criação de um salário mínimo nacional e leis de direitos humanos e proteção a liberdade de informação. Conforme prometido na campanha de 1997, iniciou o processo de "devolução" de poder político para a Escócia, a Irlanda do Norte e o País de Gales. Ele também presidiu sobre um período de forte expansão econômica na Grã-Bretanha.
Em Junho de 2001, nas eleições gerais, o Partido Trabalhista de Tony Blair ganha o segundo mandato, caso inédito no currículo do partido trabalhista.
Em Março de 2003, Blair decide em conjunto com o presidente norte-americano George W. Bush atacar o Iraque. Envia tropas britânicas para um conflito que tinha como objectivo desarmar o governo iraquiano e depor Saddam Hussein.
Em 2005 Tony Blair lidera novamente o Partido Trabalhista numa estreia absoluta, ao alcançar a vitória para um terceiro mandato consecutivo.
Na sequência das negociações da OMC para a eliminação de barreiras alfandegárias, Tony Blair defende a abolição total das tarifas aduaneiras pela União Europeia para os produtos agrícolas, bem como o fim dos subsídios estatais à produção, ao rendimento e sobretudo à exportação. Tal posição que ia ao encontro das pretensões dos países em desenvolvimento, como o Brasil, Argentina, Tanzânia, Índia, entre outros, potenciaria a entrada daquelas economias nos mercados protegidos europeu e norte-americano.
No entanto, a França opôs-se tenazmente, remetendo para 2013 uma revisão global da Política Agrícola Comum da União Europeia.
Em 2006, o Partido Republicano dos EUA, ao qual o Presidente Bush pertence, perdeu as eleições parlamentares em seu país para o Partido Democrata, o que mostrou o descontentamento do povo norte-americano com seu líder. Blair, assim, vê sua imagem prejudicada, já que o principal motivo que levou à rejeição do domínio republicano foi o fiasco da Guerra do Iraque. O Primeiro-Ministro percebe, desta forma, ter também grande probabilidade de perder o poder pelas mãos do Parlamento depois de nove anos no cargo.
Em 10 de maio de 2007, Tony Blair anunciou formalmente que renunciava a líder do Partido Trabalhista no dia 24 de junho, e consequentemente ao ofício de primeiro-ministro, após 10 anos de serviço. No dia 27 de junho, renunciou formalmente. Gordon Brown sucedeu-o em ambos os cargos.
Em Dezembro de 2007 anunciou oficialmente a sua conversão ao catolicismo, deixando a Igreja Anglicana. Em uma conferência em abril de 2008 pronunciada na Catedral de Westminster perante umas 1600 pessoas, Blair destacou a importância da religião em um mundo globalizado. Disse que a religião poderia "despertar a consciência do mundo" e a ajudar a alcançar os Objetivos do Milênio da ONU contra a pobreza e a fome, dentre outras causas nobres. Chegou a ser apontado como um enviado para o Quarteto do Oriente Médio. Ainda em 2008, fundou uma fundação de caridade. Em março de 2010, escreveu suas memórias, intitulado A Journey.
Apesar da popularidade na primeira metade do seu governo, a sua percepção perante o povo britânico piorou quando ele deixou o cargo . Contudo, acadêmicos e cientistas políticos o listam como um dos melhores primeiros-ministros da nação.
== Referências ==
“Creio que não estamos sendo muito persuasivos em certos círculos.”
ao ser vaiado durante seu discurso no Parlamento; citado em Revista Veja http://veja.abril.com.br/110204/vejaessa.html, Edição 1840 . 11 de fevereiro de 2004
discursando sobre o Iraque, o primeiro-ministro fez mais uma forte defesa de sua decisão de ir ao combate com os EUA; citado em Revista Veja, 06.10.04
garantindo que entendeu o recado das urnas, após a vitória que lhe garantiu um terceiro período como primeiro-ministro britânico, mas reduziu sua maioria no Parlamento; citado em Folha Online http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u42243.shtml, 06/05/2005
“Guantánamo é uma anomalia que, em algum momento, terá de acabar.”
Tony Blair, primeiro-ministro inglês, sobre a prisão de suspeitos de terrorismo criada em regime de exceção; citado em Revista Veja http://veja.abril.com.br/140704/vejaessa.html, Edição 1862 . 14 de julho de 2004
Tony Blair, primeiro-ministro inglês, para o presidente iugoslavo, que perdeu o primeiro turno das eleições
Fonte: Revista Veja, Edição 1 669 - 4/10/2000 http://veja.abril.com.br/041000/vejaessa.html
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Contexto: Some may belittle politics but we who are engaged in it know that it is where people stand tall. Although I know that it has many harsh contentions, it is still the arena that sets the heart beating a little faster. If it is, on occasions, the place of low skulduggery, it is more often the place for the pursuit of noble causes. I wish everyone, friend or foe, well. That is that. The end.
“Ideals survive through change. They die through inertia in the face of challenge.”
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“That's the art of leadership. To make sure that what shouldn't happen, doesn't happen.”
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Interview with Newsweek.
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