Saúde e Doenças

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“Que merda. Dois lixeiros desejando felicidades. Do alto de suas vassouras. Dois lixeiros! O mais baixo da escala do trabalho.”

Boris Casoy (1941) jornalista e apresentador brasileiro

comentando, sem saber que estava indo ao ar, os desejos de bom ano novo de dois garis.
JB Online, Terra http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/01/01/e010111124.asp

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“Fiz a descida toda no escuro. Agora via-se a Lua entre nuvens ralas de rebordos claros e a noite estava perfumada, ouvia-se o ruído hipnótico das ondas. Já na praia tirei os sapatos, a areia era fria, uma luz azul-cinza alongava-se até ao mar e depois espalhava-se pela extensão trémula da água. Pensei: sim, a Lila tem razão, a beleza das coisas é uma caracterização, o céu é o trono do medo; estou viva, neste momento, aqui a dez passos da água e na verdade isso não é belo, é aterrador; faço parte, juntamente com esta praia, com o mar, com o fervilhar de todas as formas animais, do terror universal; neste momento sou a partícula infinitesimal através da qual o terror de cada coisa toma consciência de si; eu; eu que oiço o ruído do mar, que sinto a humidade e a areia fria; eu que imagino Ischia inteira, os corpos abraçados de Nino e Lila, Stefano a dormir sozinho na casa nova cada vez menos nova, as Fúrias a favorecerem a felicidade de hoje para alimentarem a violência de amanhã. Sim, é verdade, tenho muito medo e por isso desejo que tudo acabe depressa, que as imagens dos pesadelos me comam a alma. Desejo que desta obscuridade saiam bandos de cães raivosos, víboras, escorpiões, enormes serpentes marinhas. Desejo que enquanto estou aqui sentada, à beira do mar, surjam da noite assassinos que me martirizem o corpo. Oh, sim, que eu seja castigada pela minha inadaptação, que me aconteça o pior, algo tão devastador que me impeça de fazer frente a esta noite, ao dia de amanhã, às horas e aos dias que me confirmarão, com provas cada vez mais esmagadoras, a minha constituição inadequada.”

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“Sempre fiz questão de nunca fumar quando estou a dormir.”

Mark Twain (1835–1910) escritor, humorista e inventor norte-americano
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“A ficção consiste não em fazer ver o invisível, mas em fazer ver até que ponto é invisível a invisibilidade do visível.”

Michel Foucault (1926–1984) Filósofo francês

La fiction consiste donc non pas à faire voir l'invisible, mais à faire voir combien est invisible l'invisibilité du visible
citado em "Qu'est-ce qu'un espace littéraire?"‎ - Página 31, de Xavier Garnier, Pierre Zoberman, Pascale Hellégouarc'h, Maarten Van Delden - Publicado por Presses universitaires de Vincennes, 2006 ISBN 2842921852, 9782842921859 - 206 páginas

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“A nossa sociedade ocidental contemporânea, apesar do seu progresso material, intelectual e político, promove cada vez menos a saúde mental e contribui para minar a segurança interior, a felicidade, a razão e a capacidade de amar do indivíduo; tende a transformá-lo num autómato que paga o seu fracasso humano com o aumento das doenças mentais e com o desespero oculto sob um frenesim de trabalho e de pretenso prazer.

Este aumento das doenças mentais pode ter expressão em sintomas neuróticos, claramente visíveis e extremamente penosos. Mas abstenhamo-nos, como diz Fromm, de definir a higiene mental como a prevenção de sintomas. Estes não são nossos inimigos, mas, sim, nossos amigos; quando há sintomas, há conflito, e o conflito indica sempre que as forças da vida que pugnam pela integração e pela felicidade continuam a lutar. Os casos de doença mental realmente desesperados encontram-se entre os indivíduos que parecem mais normais. Muito deles são normais por se encontrarem tão bem adaptados ao nosso modo de vida, porque a sua voz humana foi silenciada tão precocemente nas suas vidas que nem sequer lutam ou sofrem ou desenvolvem sintomas como o neurótico.
Não são normais no sentido absoluto que poderíamos dar à palavra; são normais apenas em relação a uma sociedade profundamente anormal. A sua adaptação perfeita a essa sociedade anormal é uma medida da sua doença mental. Estes milhões de indivíduos anormalmente normais, que vivem sem espalhafato numa sociedade à qual, se fossem seres humanos por inteiro, não deviam estar adaptados, acalentam ainda a ilusão da individualidade, mas, na realidade, estão em grande medida desindividualizados. A sua conformidade evolui para uma coisa parecida com a uniformidade. mas uniformidade e liberdade são incompatíveis. A uniformidade e a saúde mental são também incompatíveis. […] O homem não é feito para ser um autómato, e, se nisso se tornar, a base do seu equilíbrio mental está destruída.”

Brave New World Revisited

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“A civilidade nada custa e tudo compra.”

Mary Wortley Montagu (1689–1762)

Civility costs nothing and buys everything.
The letters and works of Lady Mary Wortley Montagu‎ - Vol. II, Página 299 http://books.google.com.br/books?id=1JAwpMWpAC4C&pg=PA299, de Mary Wortley Montagu, James Archibald Stuart-Wortley-Mackenzie Wharncliffe, William Moy Thomas, Louisa Stuart - Publicado por Henry G. Bohn, 1861 - 514 páginas

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“A felicidade consiste em compreender que tudo é um grande e estranho sonho.”

Jack Kerouac (1922–1969)

Viajante Solitário

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“À medida em que uma criatura se torna consciente desta sua perfeição, ela perde por completo seu caráter de criatura, sua índole de ser criado, sua qüididade, sua ipseidade.”

Carl Gustav Jung (1875–1961) psiquiatra e psicoterapeuta suíço

O Eu e o Inconsciente, Obras completas vol. VII/2, Editora Vozes.

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“Quando o poder conduz a homens para a arrogância, a poesia lembra-o de suas limitações. Quando o poder estreita as áreas de interesse do homem, a poesia lembra-o da riqueza e da diversidade de sua existência. Quando o poder corrompe, a poesia limpa.”

John Fitzgerald Kennedy (1917–1963) 35º Presidente dos Estados Unidos

When power leads men towards arrogance, poetry reminds him of his limitations. When power narrows the areas of man's concern, poetry reminds him of the richness and diversity of his existence. When power corrupts, poetry cleanses.
Discurso na Amherst College, Amherst, Massachusetts (26 de outubro de 1963)