“NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
define com perfil e ser
este fulgor baço da terra
que é Portugal a entristecer –
brilho sem luz e sem arder,
como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ância distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro…

É a Hora!”

Mensagem - Poemas Esotéricos
Variante: NEVOEIRO Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Define com perfil e ser Este fulgor baço da terra Que é Portugal a entristecer — Brilho sem luz e sem arder Como o que o fogo-fátuo encerra. Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece que alma tem, Nem o que é mal nem o que é bem. (Que ânsia distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro... É a hora! Valete, Fratres. 10-12-1928

Última atualização 1 de Dezembro de 2021. História
Tópicos
luz , fogo , hora , alma , guerra , paz , terra , leis , paz , guerra , coisa , lei , rei , bem , ser , incerto , perfil , nada , hoje , choro , perto , brilho , fulgor , nevoeiro , distante
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Fernando Pessoa 931
poeta português 1888–1935

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“Na minha vida hoje é tudo mais verdadeiro. Não busco nada. Quero apenas ser.”

Deborah Secco (1979) Atriz brasileira

Existencializando na capa da revista "Estilo"
Fonte: Revista VEJA, Edição 1937, de 28 de dezembro de 2005.

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