“Era estranho, outrossim, que ele sentisse um árido prazer em seguir até o fim as rígidas linhas da doutrina da Igreja e penetrasse em tétricos silêncios apenas para ouvir e sentir mais profundamente a sua própria condenação. A frase de São Tiago que diz que aquele peca contra um mandamento se torna culpado por todos pareceu-lhe, no começo, oca, até que começou a sondar a treva do seu próprio estado. Da má semente da ambição todos os outros pecados mortais tinham saldado: orgulho de si próprio e desprezo pelos outros; avareza em guardar dinheiro para a compra de prazeres ilícitos; inveja daqueles cujos vícios não podia atingir; caluniosas murmurações contra os piedosos; voracidade em sentir os alimentos, a estúpida raiva em que ardia e no meio da qual examinava o seu tédio; o pântano de indolência espiritual e corporal dentro do qual todo o seu ser estava atolado.”
Tópicos
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escritor irlandês do século XX, mais conhecido por escrever… 1882–1941Citações relacionadas

“Todo meio é ele próprio um fim.”
Rules of Sociological Method

“O silencioso nunca depõe contra si próprio”
Livros, Music at Night, 1931
“Todo culpado é um posso de orgulho”