Frases de Saul Bellow

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“(…) variação na famosa lei de Gresham: A vida pública faz relegar a vida privada. Quanto mais política se torna a nossa sociedade (no sentido mais amplo de 'político' - as obsessões, as compulsões da colectividade) tanto mais a individualidade parece perdida. Parece, digo eu, porque tem milhões de recursos secretos. Ou, mais claramente, os objectivos nacionais encontram-se agora implicados na manufactura de objectos de forma alguma essenciais à vida humana, mas vitais para a sobrevivência política do país. Como estamos todos absorvidos por estes fenómenos da Produção Bruta Nacional, somos forçados a aceitar o carácter sagrado de certos absurdos ou falsidades cujos sacerdotes supremos ainda há pouco eram mal vistos e alvos de escárnio - vendedores de banha da cobra. Por outro lado, há mais 'vida privada' que no século passado, quando o dia de trabalho tinha a duração de catorze horas. Toda esta problemática é da maior importância visto intervir na invasão da esfera do particular (incluindo o sexual) por técnicas de exploração e domínio.”

“No ano passado, quando estava atravessando por uma crise, meu tio Benn (B. Crader, o famoso botânico) mostrou-me um desenho humorístico de Charles Addams.”

““Fui forçado a me perguntar se eu algum dia verteria uma lágrima diante dos túmulos dos meus pais, supondo-se que ainda estivesse vivo quando de sua mortes. “”

“Quando estava na faculdade, li todos aqueles livros clínicos sobre o sexo: Havelock Ellis, Freud, Krafft-Ebing. Não é novidade para mim que os homens que se casam com mulheres bonitas são com freqüência alvo da suspeita do homossexualismo. Eles contam com suas mulheres para atrair admiradores.”

“Freud ensinou que o amor era a supervalorização. Ou seja, se você visse o objeto amado como realmente é, não seria capaz de amá-lo.”

“A felicidade só pode ser encontrada se você se libertar de todas as outras distrações.”

“Quando pedimos um conselho, estamos geralmente procurando um cúmplice.”

“O seu espírito era como aquela cisterna, água doce e pura selada sob a tampa de ferro, mas não seguramente potável.”

“Todo o mercado de sentimentos e sensações subiu - o choque, o escândalo encontram-se a um preço inacessível ao homem comum. É preciso fazer mais do que sofrer uma intoxicação por gás, ou cortar os pulsos.”

“Ah, é uma praga, a vida que se exibe, uma verdadeira praga! Estamos numa época em que todos os ridículos filhos de Adão desejam evidenciar-se perante os outros, com todos os seus ditos espirituosos, esgares e tiques, toda a glória da fealdade auto-adorada, afirmando aos restantes - num transbordar de narcisismo que os outros interpretam como benevolência - 'Aqui estou para dar testemunho. Vim para lhes servir de exemplo'. Pobres espectros tontos!.”

“Como muitos outros, pensei que este país pudesse estar amadurecido para viver a sua época áurea no mundo e para a inteligência ter finalmente o seu lugar nos problemas públicos (…) Mas o instinto do povo foi rejeitar a intelectualidade, as suas imagens, ideias, desconfiando delas talvez como se fossem estrangeiras. Preferia depositar a sua confiança em coisas visíveis. Assim tudo permanece inalterável para os que pensam muito e nada realizam, e para os que nada pensam e tudo fazem.”

“I am an American, Chicago born — Chicago, that somber city — and go at things as I have taught myself, free-style, and will make the record in my own way: first to knock, first admitted; sometimes an innocent knock, sometimes a not so innocent.”

“Any artist should be grateful for a naïve grace which puts him beyond the need to reason elaborately.”

“A good American makes propaganda for whatever existence has forced him to become.”

“When we read the best nineteenth- and twentieth-century novelists, we soon realize that they are trying in a variety of ways to establish a definition of human nature, to justify the continuation of life as well as the writing of novels.”

“No realistic, sane person goes around Chicago without protection.”

“It seems hard for the American people to believe that anything could be more exciting than the times themselves. What we read daily and view on the TV has thrust imagined forms into the shadow. We are staggeringly rich in facts, in things, and perhaps, like the nouveau riche of other ages, we want our wealth faithfully reproduced by the artist.”

“The book of the world, so richly studied by autodidacts, is being closed by the “learned,” who are raising walls of opinions to shut the world out.”

“Apparently the rise of consciousness is linked to certain kinds of privation. It is the bitterness of self-consciousness that we knowers know best. Critical of the illusions that sustained mankind in earlier times, this self-consciousness of ours does little to sustain us now. The question is: which is disenchanted, the world itself or the consciousness we have of it?”

“Psychoanalysis pretends to investigate the Unconscious. The Unconscious by definition is what you are not conscious of. But the Analysts already know what’s in it. They should, because they put it all in beforehand. It's like an Easter Egg hunt.”

“A millennial belief in a Holy God may have the effect of deepening the soul, but it is also obviously archaic, and modern influences would presently bring me up to date and reveal how antiquated my origins were. To turn away from those origins, however, has always seemed to me an utter impossibility. It would be a treason to my first consciousness to un-Jew myself.”

“The late philosopher Morris R. Cohen of CCNY was asked by a student in the metaphysics course, “Professor Cohen, how do I know that I exist?” The keen old prof replied, “And who is asking?””

“Reading Decline of the West I learned that in Spengler’s view ours was a Faustian civilization and that we, the Jews, were Magians, the survivors and representatives of an earlier type, totally incapable of comprehending the Faustian spirit that had created the great civilization of the West. … What Magians were to Faustians, Faustians might very well be to Americans.”