“Enquanto o Estado se contenta com os recursos que lhe fornecem os pobres, enquanto conta com subsídios bastantes que, com regularidade mecânica, lhe asseguram aqueles que trabalham com as próprias mãos, ele vive feliz, tranquilo, respeitado; os economistas e os financistas se aprazem em atestar-lhe a probidade; mas, do instante em que esse infeliz Estado, movido pela necessidade, faz menção de exigir dinheiro de quem o tem, e de tirar dos ricos alguma exígua contribuição, fazem-no sentir que ele comete um atentado odioso, que viola todos os direitos, que falta ao respeito com as coisas consagradas, que destrói o comércio e a indústria, que esmaga os pobres ao tocar nos opulentos. Não mais se dissimula seu descrédito. E ele fica entregue ao desprezo dos bons cidadãos. Entrementes, a ruína avança, lenta e infalivelmente. O Estado ameaçou as rendas. Está perdido. Os nossos ministros zombam de nós, falando do perigo clerical ou socialista. Não há senão um perigo, o perigo financeiro. A República começa a percebê-lo.”
L'Orme du mail
Tópicos
estado , conto , respeito , renda , direito , instante , república , recurso , dinheiro , primeiro-ministro , falta , comércio , perigo , necessidade , conta , cidadão , dinheiro , ministro , indústria , próprio , coisa , avanço , economista , subsídio , menção , descrédito , pobre , todo , mecânico , atentado , financeiro , socialista , rico , viola , algum , lente , bom , contente , enquanto , sentir , contribuição , desprezo , começo , regularidade , ruína , mãesAnatole France 152
1844–1924Citações relacionadas

"Na virada do milênio", Página 150, de Roberto de Oliveira Campos - Publicado por Topbooks, 1999 - 486 páginas

“Os ricos não passam de pobres com dinheiro.”
A rich man is nothing but a poor man with money.
citado em "The Numismatist": Volume 69 - página 883, American Numismatic Association - 1956
Atribuídas

“É muitíssimo maior a riqueza do pobre contente do que a do rico ambicioso.”