“Um leitor inteligente descobre frequentemente nos escritos alheios perfeições outras que as que neles foram postas e percebidas pelo autor, e empresta-lhes sentidos e aspectos mais ricos.” Montaigne
“Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos:— As cousas não têm significação: têm existência.As cousas são o único sentido oculto das cousas.” Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português Poemas completos de Alberto Caeiro
“Percepção, lembranças e vontade são reflexos da mente. É nela que os sentidos se transformam em sensações provocando sentimentos e vice-versa.” Cícero (-106–-43 a.C.) orador e político romano
“Todos os pecados têm origem num sentido de inferioridade, também chamado ambição.” Cesare Pavese (1908–1950)
“Verso do poema: Minha Cidade Minha vida, meus sentimentos, minha estética, todas as vibrações de minha sensibilidade de mulher, têm, aqui, suas raízes.” Cora Coralina (1889–1985) poetisa e contista brasileira
“O amor é cego; por isso os namorados têm tão desenvolvido o sentido do tacto.” Noel Clarasó (1899–1985)
“Eu sou apenas poetisa: poetisa nos versos e miseravelmente na vida, por mal dos meus pecados. Não sei fazer mais nada a não ser versos; pensar em verso e sentir em verso. Predestinações…” Florbela Espanca (1894–1930) poetisa portuguesa
“Afinal, escrever é poesiar o sentimento Parafrasear o que se vive… Partir-me em versos… E o que era só palavra floresceu Virou sentido, sei lá o que… Queria até saber!” Rafael Kozechen
“O único sentido oculto das coisasÉ elas não terem sentido oculto nenhum,É mais estranho do que todas as estranhezasE do que os sonhos de todos os poetasE os pensamentos de todos os filósofos,Que as coisas sejam realmente o que parecem serE não haja nada que compreender.Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos:—As coisas não têm significação: têm existência.As coisas são o único sentido oculto das coisas.” Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português
“Os versos que te fizDeixa dizer-te os lindos versos rarosQue a minha boca tem para te dizer!São talhados em mármore de ParosCinzelados por mim para te oferecerTêm dolência de veludos caros,São como sedas pálidas a arder…Deixa dizer-te os lindos versos rarosQue foram feitos pra te endoidecer!Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda.Que a boca da mulher é sempre lindaSe dentro guarda um verso que não dizAmo-te tanto! E nunca te beijei…E nesse beijo, Amor, que eu não deiGuardo os versos mais lindos que te fiz!” Florbela Espanca (1894–1930) poetisa portuguesa