“Lágrimas Ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que rí e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi outras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida…

E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago…
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim…

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!”

Última atualização 18 de Janeiro de 2019. História
Florbela Espanca photo
Florbela Espanca 100
poetisa portuguesa 1894–1930

Citações relacionadas

Júlio Dinis photo
H. Masuda Goga photo
Vicente Augusto de Carvalho photo
Francisco de Sales photo

“O que fazemos pelos outros sempre nos parece muito, o que para nós fazem os outros não nos parece nada.”

Francisco de Sales (1567–1622)

Quel che facciamo per gli altri ci sembra sempre molto, quel che per noi fanno gli altri ci pare nulla.
como citado in: Illustrissimi: lettere del patriarca - Página 21, Volume 1 de Collana Messaggero, Pope John Paul I - Messaggero, 1976, 350 páginas

Tópicos relacionados