“Os problemas da loucura giram ao redor da materialidade da alma.”

Michel Foucault, início do Cap. 7 de A história da loucura na Idade Clássica.

Obtido da Wikiquote. Última atualização 21 de Maio de 2020. História
Tópicos
idade , dor , redor , problema , alma , loucura
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Michel Foucault 29
Filósofo francês 1926–1984

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“Certamente, existe uma clivagem entre o sujeito e o organismo ao qual está unido, não por meio da alma, mas graças à materialidade da linguagem. A palavra está de uma certa maneira ‘’clivada no corpo’’ e o organismo conserva a sua memória, por exemplo sob a forma do sintoma.”

"Certes, il existe un clivage entre le sujet et l’organisme auquel il s’appareille, non par le biais de l’âme, mais grâce à la matérialité du langage. La parole est en quelque sorte ‘’clivée au corps’’ et l’organisme en garde la mémoire, par exemple sous la forme du symptôme."
Fonte:«Comment les neurosciences démontrent la psychanalyse », Éditeur Flammarion, 2004, page 11, ISBN 2-08-210369-2

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“« Ao meu redor, nessas Minas, floresce a loucura mansa. Raramente se manifesta com coragem de si, acremente. Também nunca se esconde de todo: disfarça. […]
[…]
Este meu bando de amigos — amigos?”

Darcy Ribeiro (1922–1997)

é uma fauna esquisita. Aqui tenho cara de todo bicho. [...]
No plano moral somos ainda menos gente. O bom mesmo, pra mim, seria me ver livre desse bando. Não tratar mais com nenhum deles, nunca mais. Stela, aloucada; Canuto, servil; Uriel, safado; o Cura, falso; Elmano, mofino; Guedes, poltrão. E para completar, eu. Eu, o quê? Tudo isso que atribuo a eles e mais: besta e metido.
Sou democrata jurado, socialista convicto, até comunista sou, conforme a definição. Mas tudo isso com o povo lá e eu cá, sem confluências. Que intelectualidade é esta nossa? De quem ela é? Supostamente somos a inteligência do povo brasileiro e do mineiro também. Mas como é, se só nos identificamos, de fato, conosco mesmo e com os ricos que dizemos detestar? Se só servimos aos donos da vida? Esse povo está é perdido se espera alguma coisa de nós. Os educados, os lidos, os competentes, os bonitos, entre nós, são serviçais fiéis da ordem. Nós intelectuais, nos pagando com palavras de discursos literários, somos esquerdistas pra inglês ver.
O desencontro é total. Nossa vanguarda lúcida, fiel a seu povo, não existe. O povo brasileiro está órfão. É um corpo sem cabeça. Nós, intelectuais, sem um povo com que nos identifiquemos, com horror do povo de verdade que aí está, somos uma cabeça decepada. A revolução que pregamos é para outra gente, eu não sei qual; de fato, para gente nenhuma. Mentindo, disfarçando, servimos é ao sistema, fielmente. Viva a ordem. Merda! » Migo

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