“Os problemas da loucura giram ao redor da materialidade da alma.”
Michel Foucault, início do Cap. 7 de A história da loucura na Idade Clássica.
Citações relacionadas

“Nunca vi a loucura como um problema, mas como uma espécie de ousadia.”
"Certes, il existe un clivage entre le sujet et l’organisme auquel il s’appareille, non par le biais de l’âme, mais grâce à la matérialité du langage. La parole est en quelque sorte ‘’clivée au corps’’ et l’organisme en garde la mémoire, par exemple sous la forme du symptôme."
Fonte:«Comment les neurosciences démontrent la psychanalyse », Éditeur Flammarion, 2004, page 11, ISBN 2-08-210369-2

é uma fauna esquisita. Aqui tenho cara de todo bicho. [...]
No plano moral somos ainda menos gente. O bom mesmo, pra mim, seria me ver livre desse bando. Não tratar mais com nenhum deles, nunca mais. Stela, aloucada; Canuto, servil; Uriel, safado; o Cura, falso; Elmano, mofino; Guedes, poltrão. E para completar, eu. Eu, o quê? Tudo isso que atribuo a eles e mais: besta e metido.
Sou democrata jurado, socialista convicto, até comunista sou, conforme a definição. Mas tudo isso com o povo lá e eu cá, sem confluências. Que intelectualidade é esta nossa? De quem ela é? Supostamente somos a inteligência do povo brasileiro e do mineiro também. Mas como é, se só nos identificamos, de fato, conosco mesmo e com os ricos que dizemos detestar? Se só servimos aos donos da vida? Esse povo está é perdido se espera alguma coisa de nós. Os educados, os lidos, os competentes, os bonitos, entre nós, são serviçais fiéis da ordem. Nós intelectuais, nos pagando com palavras de discursos literários, somos esquerdistas pra inglês ver.
O desencontro é total. Nossa vanguarda lúcida, fiel a seu povo, não existe. O povo brasileiro está órfão. É um corpo sem cabeça. Nós, intelectuais, sem um povo com que nos identifiquemos, com horror do povo de verdade que aí está, somos uma cabeça decepada. A revolução que pregamos é para outra gente, eu não sei qual; de fato, para gente nenhuma. Mentindo, disfarçando, servimos é ao sistema, fielmente. Viva a ordem. Merda! » Migo