Frases de Rudolf Karl Bultmann

Rudolf Karl Bultmann foi um teólogo alemão.

Em 1912 começou a trabalhar como docente na área de Bíblia - Novo Testamento em Marburg; em 1916, tornou-se professor em Breslau; em 1920 foi para Giessen e, em 1921, transferiu-se para Marburg, onde viveu e trabalhou até o final de sua vida.

Ocupou-se com muitos temas da teologia, filologia e arqueologia. Levantou questões importantes que dominaram a discussão teológica do século passado e são relevantes até hoje, como, por exemplo, o problema da demitologização. Wikipedia  

✵ 20. Agosto 1884 – 30. Julho 1976
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Rudolf Karl Bultmann: 19   citações 3   Curtidas

Rudolf Karl Bultmann Frases famosas

“A graça de Deus é a graça que perdoa pecados, isto é, ela liberta o ser humano de seu passado, que o mantém preso.”

Die Gnade Gottes ist sündenvergebende Gnade, dh sie befreit den Menschen von seiner Vergangenheit, die ihn gefangen hält
Rudolf Karl Bultmann citado em "Stellungnahme zu Bultmanns "Entmythologisierung": eine Antwort für die bibelgläubige Gemeinde‎" - Página 14, Fritz Rienecker - R. Brockhaus, 1951 - 86 páginas

“Será possível esperar que realizemos um sacrifício do entendimento, um sacrificium intellectus, para poder aceitar aquilo que sinceramente não podemos considerar verídico - só porque tais concepções estão contidas na Bíblia? Ou deveríamos deixar de lado os versículos do Novo Testamento que contêm tais concepções mitológicas e selecionar os que não constituem um tropeço desse tipo para o ser humano moderno? De fato, a pregação de Jesus não se limitou a afirmações escatológicas. Proclamou também a vontade de Deus, que é Seu mandamento, o mandamento de fazer o bem. Jesus exige veracidade e pureza, disposição para o sacrifício e para o amor. Exige que o ser humano todo seja obediente a Deus, e se insurge contra a ilusào de que possamos cumprir nosso dever para com Deus com a mera observância de determinadas prescrições externas. Se as exigências éticas de Jesus constituem tropeços para o ser humano moderno, somente o são em virtude de sua vontade egoísta, mas não de sua inteligência.
Que se desprende disso tudo? Deveremos conservar a pregação ética de Jesus e abandonar sua pregação escatológica? Haveremos de reduzir sua pregação do senhorio de Deus ao chamado "evangelho social"? Ou existe ainda uma terceira possibilidade? Temos que perguntar-nos se a pregação escatológica e o conjunto dos enunciados mitológicos contêm um significado ainda mais profundo, que permanece oculto sob o invólucro da mitologia. Se é assim, devemos abandonar as concepções mitológicas precisamente porque queremos conservar seu significado mais profundo. A esse método de interpretação do Novo Testamento, que procura redescobrir o significado mais profundo oculto por trás das concepções mitológicas, camo de "demitologização”

termo que nào deixa de ser bastante insatisfatório. Não se propõe a eliminar os enunciados mitológicos, mas sim interpretá-los."
Verificadas, Jesus Cristo e Mitologia

“Existem encontros e azares que o ser humano nao pode dominar. Nao pode assegurar a perenidade de suas obras. Sua vida é fugaz e desemboca na morte. A historia prossegue e vai derrubando, uma após a outra, todas as torres de Babel. Não existe nenhuma segurança verdadeira e definitiva; mas é precisamente a essa ilusão que as pessoas tendem a sucumbir quando perseguem a segurança.Qual é a razão subjacente a esse anelo? A preocupação, a secreta angústia que se manifestam nas profundezas da alma justamente quando o ser humano pensa que, por si mesmo, tem de alcançar a segurança para si próprio.A palavra de Deus exorta o ser humano a renunciar a seu egoísmo e à segurança ilusória que ele próprio construiu para si. Exorta-o a que se volte para Deus, que está além do mundo e do pensamento científico. Exorta-o, ao mesmo tempo, a que encontre seu verdadeiro eu. Porque o eu do ser humano, sua vida interior, sua existência pessoal também se encontra além do mundo visível e do pensamento racional. A palavra de Deus interpela o ser humano em sua existência pessoal e, assim, o liberta do mundo, da preocupação e da angústia que o oprimem tão logo se esquece do além. Mediante os recursos da ciência, as pessoas procuram apoderar-se do mundo, mas, em realidade, é o mundo quem acaba apoderando-se delas. Nossa época permite-nos observar até que ponto as pessoas são dependentes da tecnologia e até que ponto chegam as terríveis consequências da tecnologia. Crer na palavra de Deus significa renunciar a toda segurança meramente humana e, assim, desfazer-se do desespero gerado pela busca - sempre vã - da segurança.”

Verificadas, Jesus Cristo e Mitologia

“Deus vem ao nosso encontro em sua palavra, numa palavra concreta: a pregação instituída por Jesus Cristo. Embora se possa dizer que Deus vem ao nosso encontro sempre e em toda parte, não O vemos e não O ouvimos sempre e em toda parte, a não ser que nos sobrevenha sua palavra e nos torne capazes de compreender o momento aqui e agora, como costumava afirmar Lutero. A idéia do Deus onipresente e todo-poderoso somente se torna real em minha existência pessoal por sua palavra pronunciada aqui e agora. Por conseguinte, devemos afirmar que a palavra de Deus somente é o que é no instante em que é pronunciada. A palavra de Deus não é um enunciado intemporal, mas sim uma palavra concreta dirigida a pessoas aqui e agora. Sem dúvida, a palavra de Deus é sua palavra eterna, mas essa eternidade não deve ser concebida como intemporalidade, e sim como uma presença sempre atualizada aqui e agora. É sua palavra na forma de acontecimento que se dá num encontro, mas não como um conjunto de idéias nem, por exemplo, um enunciado sobre a graça de Deus em geral, embora, por outra parte, tal enunciado possa ser correto, mas sim unicamente na medida em que se dirige a mim sob a forma de um acontecimento que ocorre a mim e me atinge como Sua misericórdia. Somente dessa maneira ela é o verbum externum, a palavra que nos vem de fora. Contudo, não como um conhecimento que possuo de uma vez para sempre, mas sim como um encontro constantemente renovado.
Depreende-se daí que a palavra de Deus é uma palavra verdadeira, que me é dita numa linguagem humana, seja na pregação da Igreja ou na Bíblia, sempre que não se considere a Bíblia simplesmente como uma interessante compilação de fontes para a história da religião, mas sim como transmitida pela Igreja como uma palavra que nos interpela. Essa palavra viva de Deus não foi inventada pelo espírito e pela sagacidade do ser humano, mas ocorre na história. Sua origem é um acontecimento histórico, que confere autoridade e legitimidade à expressão dessa palavra - a pregação. Esse acontecimento histórico é Jesus Cristo.”

Verificadas, Jesus Cristo e Mitologia

Rudolf Karl Bultmann: Frases em inglês

“Can there be a demythologizing interpretation that discloses the truth of the kerygma as kerygma for those who do not think mythologically?”

Kann es eine entmythologisierende Interpretation geben, die die Wahrheit des Kerygmas als Kerygmas für den nicht mythologisch denkenden Menschen aufdeckt?
Fonte: New Testament and Mythology and Other Basic Writings (1941), p. 14

“Freedom from the world is, in principle, not asceticism, but rather a distance from the world for which all participation in things worldly takes place in the attitude of “as if not.””

1 Cor. 7:29-31 http://www.biblegateway.com/passage/?search=1+Corinthians+7%3A29-31&version=KJV
Fonte: New Testament and Mythology and Other Basic Writings (1941), p. 18

“We cannot use electric lights and radios and, in the event of illness, avail ourselves of modern medical and clinical means and at the same time believe in the spirit and wonder world of the New Testament.”

Man kann nicht elektrisches Licht und Radioapparat benutzen, in Krankheitsfällen moderne medizinische und klinische Mittel in Anspruch nehmen und gleichzeitig an die Geister-und Wunderwelt des Neuen Testaments glauben.
Fonte: New Testament and Mythology and Other Basic Writings (1941), p. 4

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