João Guimarães Rosa: Citações em tendência (página 4)

“O mundo é mágico. As pessoas não morrem, ficam encantadas.”

“Ah, acho que não queria mesmo nada, de tanto que eu queria só tudo. Uma coisa, a coisa, esta coisa: eu somente queria era - ficar sendo!”

“Verdes vindo à face da luz na beirada de cada folha a queda de uma gota”

“Todo abismo é navegável a barquinhos de papel”

“E um vaga-lume lanterneiro que riscou um psiu de luz”

“Minha tristeza é uma volta em medida; mas minha alegria é forte demais.”

“Não gosto desse passarinho. Não gosto de violão. Não gosto de nada que põe saudades na gente.”

“Todas as coisas surgidas do opaco”

“Tudo é real, porque tudo é inventado.”

“O mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, mas que elas vão sempre mudando.”

“Na própria precisão com que outras passagens lembradas se oferecem, de entre impressões confusas, talvez se agite a maligna astúcia da porção escura de nós mesmos, que tenta incmpreensivelmente enganar-nos, ou, pelo menos, retardar, que prescutemos qualquer verdade.”

“O que demasia na gente é a força feia do sofrimento, própria, não é a qualidade do sofrente.”

“Viver é negócio muito perigoso.”

“O senhor não esteve lá. O senhor não escutou, em cada anoitecer, a lugúmem do canto da mãe-da-lua. O senhor não pode estabelecer em sua ideia a minha tristeza quinhoã. Até os pássaros, consoante os lugares, vão sendo muito diferentes. Ou são os tempos, travessia da gente?”

“"Vida" é noção que a gente completa seguida assim, mas só por lei duma idéia falsa. Cada dia é um dia.”

“Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total.”

“A colheita é comum, mas o capinar é sozinho.”

“Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muitos vivazes e claros, mas nas profundezas são tranquilos e escuros como o sofrimento dos homens.”

“O homem nasceu para aprender, aprender tanto quanto a vida lhe permita.”