Blaise Pascal: Outro

“Todos os homens buscam a felicidade. E não há exceção. Independentemente dos diversos meios que empregam, o fim é o mesmo. O que leva um homem a lançar-se à guerra e outros a evitá-la é o mesmo desejo, embora revestido de visões diferentes.”

“Para mim é um fato que, se todos os homens soubessem o que os outros dizem deles, não haveria quatro amigos no mundo. Isto resulta das contendas, que referências indiscretas ocasionalmente originam.”

“Não nos sustentamos na virtude pela nossa própria força, mas pelo contrapeso de dois vícios opostos, como ficamos de pé em dois ventos contrários; tirai um desses vícios e cairemos no outro.”

“Quando se quer levar a virtude até seus extremos, de um lado e de outro, surgem vícios que nela se insinuam insensivelmente, em suas rotas insensíveis, do lado pequeno do infinito; e multidões de vícios se apresentam do lado grande do infinito, de modo que a gente se perde nos vícios e não vê mais a virtude. Cai-se na armadilha da própria perfeição.”

“O prazer dos grandes homens consiste em tornar os outros mais felizes.”

“A última cena é sempre trágica, pouco importa quão felizes tenham sido as outras: um pouco de terra é jogada por cima de nossa cabeça e é o fim para todo o sempre.”

“A razão manda em nós muito mais imperiosamente do que um senhor; é que, desobedecendo a um, é-se infeliz, desobedecendo a outro, é-se tolo.”

“Quero crer que, se todos os homens soubessem o que dizem uns dos outros, não haveria quatro amigos neste mundo.”

“Nada há de bom nesta vida salvo a esperança de uma outra vida.”

“Normalmente, convencem-nos com mais facilidade as razões que nós próprios encontramos do que as que vieram ao espírito dos outros.”

“Nós somos tão necessariamente loucos que seria estar louco por uma outra espécie de loucura, não estar louco.”

“É falso que sejamos dignos de que os outros nos amem. E é injusto que o queiramos.”