Frases do livro
Os Miseráveis

Victor Hugo Título original Les Misérables (Francês, 1862)

Les Misérables é um romance de Victor Hugo publicado em 1862. Que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.


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“Pensamento é o trabalho da inteligência, é um sonho voluptuouso.”

La pensée est le labeur de l’intelligence, la rêverie en est la volupté.
Les Miserables, Victor Hugo, ed. J. Hetzel et A. Hetzel e A. Quantin, 1882, Parte IV, chap. 1, p. 1, p. 71
Os Miseráveis

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“Ser-se canhoto é circunstância digna de inveja”

Les Misérables

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“A sociedade humana não lhe tinha feito senão mal: nunca lhe encarara senão o rosto carregado a que ela chama justiça, e que mostra àqueles a quem fere.”

Os Miseráveis
Fonte: "Os Miseráveis" - Tomo I, Parte Primeira, Livro Segundo, Cap. VII (O Âmago da Desesperação) sobre Jean Valjean, o condenado das galés.

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“As realidades da alma, por não serem visíveis e palpáveis, nem por isso deixam de ser também realidades”

Os Miseráveis
Fonte: "Os Miseráveis" - Uma tempestade sob um crânio

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“Depois de ter julgado a sociedade que o fizera desgraçado, julgou a Providência, que fizera a sociedade, e condenou-a também.”

Os Miseráveis
Fonte: "Os Miseráveis" - Tomo I, Parte Primeira, Livro Segundo, Cap. VII (O Âmago da Desesperação) sobre Jean Valjean, o condenado das galés.

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“É das feições dos anos que se compõe a fisionomia dos séculos.”

Os Miseráveis
Fonte: "Os Miseráveis" - Tomo I, Parte Primeira, Livro Terceiro, Cap. I (O Ano de 1817)

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“Indigestão é uma criação de Deus para impor uma certa moralidade ao estômago.”

L'indigestion est chargée par le bon Dieu de faire de la morale aux estomacs.
Les Miserables - Página 76 http://books.google.com.br/books?id=Totn1vDLSvIC&pg=PA76, Victor Hugo - 1865
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“O mar é a inexorável escuridão social a que a penalidade arremessa seus condenados. O mar é a imensa miséria!”

Os Miseráveis
Fonte: "Os Miseráveis" - Ondas e Sombras

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“Substituir o pensamento pelo sonho é confundir um veneno com alimento.”

Remplacer la pensée par la rêverie, c’est confondre un poison avec une nourriture.
Les Misérables, Victor Hugo, éd. J. Hetzel et A. Quantin, 1882, partie IV, chap. 1, p. 71
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“Trabalhou para viver; depois, ainda para viver, porque o coração também necessita de alimento, amou.”

Os Miseráveis
Fonte: "Os Miseráveis" - Tomo I, Parte Primeira, Livro Terceiro, Cap. II (Duplo Quarteto)

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“Aí desaparece o desinteresse e divisa-se o vago esboço do demónio; cada qual para si. O eu sem olhos uiva, procura, apalpa e rói. Existe nesse golfão o Ugolino social.
As figuras ferozes que giram nessa cova, quase animais, quase fantasmas, não se ocupam do progresso universal, cuja ideia ignoram; só cuidam de saciar-se cada uma a si mesma. Quase lhes falta a consciência, e parece haver uma espécie de amputação terrível dentro delas. São duas as suas mães, ambas madrastas: a ignorância e a miséria. O seu guia é a necessidade; e para todos as formas de satisfação, o apetite. São brutalmente vorazes, quer dizer, ferozes; não à maneira do tirano, mas à maneira do tigre. Do sofrimento passam estas larvas ao crime; filiação fatal, geração aterradora, lógica das trevas. O que roja pelo entressolo social não é a reclamação sufocada do absoluto; é o protesto da matéria. Torna-se aí dragão o homem. Ter fome e sede é o ponto de partida; ser Satanás é o ponto de chegada. Esta cova produz Lacenaire.
Acima viu o leitor, no livro quarto, um dos compartimentos da mina superior, da grande cova política, revolucionária e filosófica, onde, como acabou de ver, é tudo pobre, puro, digno e honesto; onde, sem dúvida, é possível um engano, e efectivamente os enganos se dão; mas onde o erro se torna digno de respeito, tão grande é o heroísmo a que anda ligado. O complexo do trabalho que aí se opera chama-se Progresso.
Chegada é, porém, a ocasião de mostrarmos ao leitor outras funduras, as profunduras medonhas.
Por baixo da sociedade, insistimos, existirá sempre a grande sopa do mal, enquanto não chegar o dia da dissipação da ignorância.
Esta sopa fica por baixo de todas e é inimiga de todas. É o ódio sem excepção. Não conhece filósofos; o seu punhal nunca aparou penas. A sua negrura não tem nenhuma relação com a sublime negrura da escrita. Nunca os negros dedos que se crispam debaixo desse tecto asfixiante folhearam um livro ou abriram um jornal. Para Cartouche, Babeuf é um especulador; para Schinderhannes, Marat é um aristocrata. O objetivo desta sopa consiste em abismar tudo.
Tudo, inclusive as sapas superiores que esta aborrece de morte. No seu medonho formigar, não se mina somente a ordem social actual: mina-se a filosofia, a ciência, o direito, o pensamento humano, a civilização, a revolução, o progresso. Tem simplesmente o nome de roubo, prostituição, homicídio e assassinato. As trevas querem o caos. A sua abóbada é formada de ignorância.
Todas as outras, as de cima, têm por único alvo suprimi-la, alvo para o qual tendem a filosofia e o progresso, por todos os seus órgãos, tanto pelo melhoramento do real, como pela contemplação do absoluto. Destruí a sapa Ignorância, e teres destruído a toupeira do Crime.
Humanidade quer dizer identidade. Os homens são todos do mesmo barro. Na predestinação não há diferença nenhuma, pelo menos neste mundo. A mesma sombra antes, a mesma carne agora, a mesma cinza depois. Mas a ignorância misturada com a massa humana enegrece-a. Essa negrura comunica-se ao interior do homem, e converte-se no Mal.”

Les Misérables: Marius

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