“(…) variação na famosa lei de Gresham: A vida pública faz relegar a vida privada. Quanto mais política se torna a nossa sociedade (no sentido mais amplo de 'político' - as obsessões, as compulsões da colectividade) tanto mais a individualidade parece perdida. Parece, digo eu, porque tem milhões de recursos secretos. Ou, mais claramente, os objectivos nacionais encontram-se agora implicados na manufactura de objectos de forma alguma essenciais à vida humana, mas vitais para a sobrevivência política do país. Como estamos todos absorvidos por estes fenómenos da Produção Bruta Nacional, somos forçados a aceitar o carácter sagrado de certos absurdos ou falsidades cujos sacerdotes supremos ainda há pouco eram mal vistos e alvos de escárnio - vendedores de banha da cobra. Por outro lado, há mais 'vida privada' que no século passado, quando o dia de trabalho tinha a duração de catorze horas. Toda esta problemática é da maior importância visto intervir na invasão da esfera do particular (incluindo o sexual) por técnicas de exploração e domínio.” Saul Bellow livro Herzog Herzog Sentido , De vida , De leis , Falsidade
““Fui forçado a me perguntar se eu algum dia verteria uma lágrima diante dos túmulos dos meus pais, supondo-se que ainda estivesse vivo quando de sua mortes. “” Saul Bellow A Mágoa Mata Mais De morte , Lágrima
“Como muitos outros, pensei que este país pudesse estar amadurecido para viver a sua época áurea no mundo e para a inteligência ter finalmente o seu lugar nos problemas públicos (…) Mas o instinto do povo foi rejeitar a intelectualidade, as suas imagens, ideias, desconfiando delas talvez como se fossem estrangeiras. Preferia depositar a sua confiança em coisas visíveis. Assim tudo permanece inalterável para os que pensam muito e nada realizam, e para os que nada pensam e tudo fazem.” Saul Bellow livro Herzog Herzog De mundo , Idéia , Problema , Confiança