Frases de Miguel de Unamuno

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“A fé não é crer no que não vimos, mas é criar o que não vemos.”

“Quanto menos se lê, mais dano provoca o que se lê.”

“Porque a verdadeira liberdade não é a de sacudir de si a lei externa; a liberdade é a consciência da lei.”

“Se amo alguns livros são aqueles em que sinto que o seu autor, que pode ter morrido séculos antes de eu ter sido engendrado, se dirigia a mim, a mim pessoal e concretamente, a mim em confidência.”

“Querer separar a religião da política é uma loucura tão grande ou maior do que a de querer separar a economia da política.”

“Escreve claro quem concebe ou imagina claro; com vigor, quem com vigor pensa, por ser a língua um vestido transparente do pensamento.”

“O nome é em certo sentido a própria coisa; dar nome às coisas é conhecê-las e apropriar-se delas; a denominação é o ato da posse espiritual.”

“A fé na razão está sujeita a parecer racionalmente tão insustentável como qualquer outra fé.”

“Por cultura entendo a mais intensa vida interior, a de mais batalha, a de mais inquietação, a de mais ânsia.”

“Há momentos em que silenciar é mentir.”

“A palavra sábia é aquela que, dita a uma criança, é sempre compreendida sem a necessidade de explicações.”

“Uma das vantagens de não ser feliz é que se pode desejar a felicidade.”

“Não são as nossas ideias que nos fazem otimistas ou pessimistas, mas o otimismo e o pessimismo de origem fisiológica que fazem as nossas ideias.”

“Geralmente, quando detestamos alguma coisa nos outros é porque a sentimos em nós mesmos. Não nos aborrecem os defeitos que não temos.”

“Ler, ler, ler, viver a vida que outros sonharam.”

“Não há futuro; o verdadeiro futuro é hoje; que é de nós hoje, é esta a única questão.”

“O amor não se confunde com a vida, não é amor verdadeiro; o verdadeiro amor é hábito.”

“Crer é, em primeira instância, querer crer.”

“Pois o que sentira por sua mulher e a ela o cingia, via bem, agora que ela se fora, que se lhe chegou a confundir com o rotineiro da vida diária, que o respirara nas mil insignificâncias do viver doméstico, que lhe foi como o ar que se respira e pelo qual não se dá, mas sim nos momentos de angústia asfixia quando nos falta. (…) Aí compreendeu como o amor é mais forte que a vida e que a morte e domina o antagonismo destes; como o amor faz morrer a vida e viver a morte; como ele vivia agora a morte de sua Rosa e morria na sua própria vida.”