Luís Vaz de Camões: Citações em tendência (página 4)

“Certifico-te, ó Rei, que se contemplo
Como fui destas praias apartado,
Cheio dentro de dúvida e receio,
Que apenas nos meus olhos ponho o freio.”

Luís Vaz de Camões

Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto IV

“O caso triste, e dino da memória,
Que do sepulcro os homens desenterra,
Aconteceu da mísera e mesquinha
Que depois de ser morta foi Rainha.”

Luís Vaz de Camões

Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III

Memória , De morte , De homens

“Vão os anos decendo, e já do Estio
Há pouco que passar até o Outono;
A Fortuna me faz o engenho frio,
Do qual já não me jacto nem me abono;
Os desgostos me vão levando ao rio
Do negro esquecimento e eterno sono…”

Luís Vaz de Camões

Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X

Pássaro , Outono

“Nem eu delicadezas vou cantando
Co'o gosto do louvor, mas explicando
Puras verdades já por mim passadas.
Oxalá foram fábulas sonhadas!”

Luís Vaz de Camões

Lyric poetry, Hymns (canções)

De verdade , Passado , Cantando

“Ó que não sei de nojo como o conte!
Que, crendo ter nos braços quem amava,
Abraçado me achei com um duro monte
De áspero mato e de espessura brava.
Estando com um penedo fronte a fronte,
Que eu pelo rosto angélico apertava
Não fiquei homem não, mas mudo e quedo,
E junto dum penedo outro penedo.”

Luís Vaz de Camões

Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto V

De homens

“Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram.”

Luís Vaz de Camões

Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças, Erros meus, má fortuna, amor ardente

Erro , De amor

“Enfim acabarei a vida e verão todos que fui tão afeiçoado à minha Pátria que não só me contentei de morrer nela, mas com ela.”

Luís Vaz de Camões

Carta a Francisco de Almeida, 1579
Cartas

De vida , verão

“Foge-me pouco a pouco a curta vida
(se por caso é verdade que inda vivo);
vai-se-me o breve tempo d'ante os olhos;
choro pelo passado e quando falo,
se me passam os dias passo e passo,
vai-se-me, enfim, a idade e fica a pena.”

Luís Vaz de Camões

Lyric poetry, Sestina

De idade , De vida , Tempo , De verdade

“Quem poderá do mal aparelhado
Livrar-se sem perigo sabiamente,
Se lá de cima a Guarda soberana
Não acudir à fraca força humana?”

Luís Vaz de Camões Os Lusíadas

Os Lusíadas (1572)
Fonte: Os Lusíadas, canto II

“Fico que em todo o mundo de vós cante,
De sorte que Alexandro em vós se veja,
Sem à dita de Aquiles ter enveja.”

Luís Vaz de Camões

Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X

De mundo

“Eis aqui, quase cume da cabeça
De Europa toda, o Reino Lusitano,
Onde a terra se acaba e o mar começa.”

Luís Vaz de Camões

Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III

Mar

“Já no largo Oceano navegavam…”

Luís Vaz de Camões

Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto I

“Mas um velho d'aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama![[File:Velho do Restelo (Columbano).jpg|thumb|O glory of commanding! O vain thirst
Of that same empty nothing we call fame!]]”

Luís Vaz de Camões

Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto IV

Mar

“Sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos.”

Luís Vaz de Camões

Lyric poetry, Sonnets, Enquanto quis Fortuna que tivesse

De amor

“Um fraco Rei faz fraca a forte gente.”

Luís Vaz de Camões

Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto III

Forte

“Porque quem não sabe a arte, não na estima.”

Luís Vaz de Camões Os Lusíadas

"Os Lusíadas, canto V"
Os Lusíadas (1572)

De arte

“Que depois de ser morta foi Rainha.”

Luís Vaz de Camões Os Lusíadas

Os Lusíadas (1572)
Fonte: Os Lusíadas, canto III
(referindo-se a Inês de Castro)

De morte