François de La Rochefoucauld: Citações em tendência (página 15)

“A nossa desconfiança justifica o engano alheio.”

“A elevação está para o mérito como os adereços para as belas mulheres.”

“A moderação não passa do medo de provocar inveja e o desprezo que merecem os que se vangloriam da sua boa sorte. É uma vã ostentação do nosso espírito; enfim, a moderação dos homens no seu ponto mais elevado é apenas o desejo de parecerem mais magnânimos do que a sua própria boa fortuna.”

“Para sabermos bem as coisas, é preciso sabermos os pormenores, e como estes são quase infinitos, os nossos conhecimentos são sempre superficiais e imperfeitos.”

“No amor, o engano vai quase sempre mais longe do que a desconfiança.”

“Não há ninguém que não se envergonhe de ter amado outro, quando o amor já acabou entre eles.”

“Muitos desprezam a riqueza, mas poucos sabem dá-la.”

“Há duas espécies de constância em amor: uma, porque encontramos sem cessar na pessoa amada novos motivos para amá-la; a outra, porque fazemos ponto de honra em ser constantes.”

“Estamos tão acostumados a usar uma máscara diante das outras pessoas que acabamos incapazes de reconhecer a nós mesmos.”

“As nossas acções parecem resultar de bons ou de maus auspícios, aos quais se deve uma grande parte dos louvores e das críticas que se lhes atribui.”

“Um homem sensato pode apaixonar-se como um doido, mas não como um tolo.”

“Nada impede tanto ser natural como o desejo de parecer.”

“Poucos são tão sensatos que prefiram a censura que lhes é útil, à lisonja que os atraiçoa.”

“Normalmente não temos a força suficiente para obedecer inteiramente à nossa razão.”

“Esquecemos facilmente as nossas faltas quando só nós as conhecemos.”

“Ainda há mais pessoas desinteressadas do que sem interesse.”

“Prometemos conforme as nossas esperanças e cumprimos segundo os nossos receios.”

“Não há defeitos que não sejam menos desculpáveis que os meios de que nos servimos para os ocultar.”

“A aprovação que concedemos àqueles que são admitidos na sociedade tem origem, muitas vezes, na secreta inveja que nos inspiram aqueles que nela estão firmemente estabelecidos.”