François de La Rochefoucauld: Citações em tendência (página 11)

“A clemência, que passa por ser uma virtude, é, umas vezes, um acto de vaidade, outras, de preguiça, muitas, resultado do medo, mas é quase sempre a combinação dos três.”

“Por maior vergonha que tenhamos merecido, está quase sempre em nosso poder o restabelecimento da nossa reputação.”

“Só se pode gostar de algo tendo a nossa pessoa como referência e, por isso, seguimos os nossos gostos e o nosso prazer quando preferimos os nossos amigos a nós mesmos. Mas é só através desta preferência que a amizade pode ser verdadeira e perfeita.”

“Geralmente, só louvamos de boa vontade aqueles que nos admiram.”

“Consolamo-nos muitas vezes das nossas infelicidades pelo prazer que nos dá a exibi-las.”

“A calma dos sábios nada mais é do que a arte de guardar a agitação que vai nos seus corações.”

“O espírito serve-nos, por vezes, para fazermos valentes disparates.”

“Quase toda a gente sente prazer em retribuir pequenos favores; muitos sentem-se reconhecidos a medíocres; mas não existe quase ninguém que não seja ingrato em relação aos grandes.”

“Fez-se da moderação uma virtude para limitar a ambição dos grandes homens e para consolar os medíocres, não só da sua pouca fortuna como do seu fraco mérito.”

“A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude.”

“A fortuna corrige vários defeitos que a razão não saberia corrigir.”

“A filosofia triunfa facilmente sobre os males passados e futuros, mas os males presentes geralmente triunfam sobre a filosofia.”

“Os nossos actos são como os versos de pé quebrado, que cada um rima como muito bem entende.”

“Há mais defeitos no humor que no espírito.”

“A felicidade e a desgraça dos homens dependem em partes iguais da sua disposição de espírito e da fortuna.”

“Um verdadeiro amigo é o maior de todos os bens e igualmente, de todos, aquele que menos nos preocupamos em adquirir.”

“Temos mais sucesso no jogo da vida com os nossos defeitos do que com as nossas qualidades.”

“0 nosso orgulho aumenta muitas vezes com o que retiramos dos nossos outros defeitos.”

“É mais necessário estudar os homens do que os livros.”