Camilo Castelo Branco: Citações em tendência (página 2)

“A ignorância é o abismo da fé, porque a fé é um acto da inteligência.”

“A vingança é o inverso da caridade.”

“Morte: que suave desfecho, se ao desfazer-se a vida a desfibração lenta não custasse tanto!”

“O poeta desmente as leis fisiológicas, vivendo do princípio vital de uma única entranha: o coração.”

“O amor é uma luz que não deixa escurecer a vida.”

“Nos livros aprendi a fugir ao mal sem o experimentar.”

“A candura nem sempre é bela.”

“O amor quer o monopólio das faculdades da alma.”

“Onde estão vinte pessoas reunidas em pregão ao insulto do infortúnio, aí sem dúvida estão acobertados vinte crimes. Do elo da libertinagem ao elo da ladroeira preencham a cadeia com os fuzis que faltam.”

“A felicidade é parecida com a liberdade, porque toda a gente fala nela e ninguém a goza.”

“A política pode substituir a fêmea, quando é preciso escolher entre duas devassas, mas não é possível conservar ambas.”

“O melhor amigo é o dinheiro. Conselhos, os melhores é o dinheiro que os dá.”

“É preciso ter chorado para imortalizar o riso no livro, na estrofe, na sentença, na palavra.”

“Não há amor que resista a vinte e quatro horas de filosofia.”

“São poucos os infortúnios sem um reverso de ridículo.”

“Não há baliza racional para as belas, nem para as horrorosas ilusões, quando o amor as inventa.”

“A castidade, além de ser em si e virtualmente uma coisa boa, tem ignorâncias anatómicas e inconscientes condescendências com as impurezas alheias.”

“As lágrimas represadas são a peçonha mortal do coração.”

“O homem traído uma vez pode ouvir dos lábios da mulher um juramento de alma, animado com a santa inocência de um anjo, mas nunca mais lhe franqueará o coração, onde goteja sangue, uma chaga incurável.”