Paul Valéry: Citações em tendência (página 4)

“Quando alguém te lambe as botas, coloca-lhe o pé em cima antes que comece a morder-te.”

“O despertar dá aos sonhos uma fama que eles não merecem.”

“Um homem de negócios é um cruzamento entre um dançarino e uma máquina de calcular.”

“A táctica arruina a estratégia; a batalha que se ganhara harmoniosamente no papel perde-se em pequenas coisas no terreno.”

“Nós outras, civilizações, sabemos agora que somos mortais.”

“A glória não depende do esforço, que é geralmente invisível; depende apenas da encenação.”

“Todo pensamento é uma exceção da regra geral, que é não pensar.”

“As coisas a propósito das quais encontramos mais depressa as mais justas e vigorosas palavras, são certamente aquelas que estamos vocacionados para fazer ou para aprofundar.”

“A mais bela moça do mundo só pode dar o que tem - muitas vezes seria melhor que o guardasse.”

“As meditações sobre a morte (género Pascal) são feitas por homens que não têm que lutar pela vida, de ganhar o seu pão, de sustentar filhos. A eternidade ocupa aqueles que têm tempo a perder. É uma forma do lazer.”

“Todos os sistemas são empreendimentos do sistema contra si mesmo.”

“A guerra é um massacre entre pessoas que não se conhecem para proveito de pessoas que se conhecem mas não se massacram.”

“Todos os classicismos implicam um romantismo anterior… A ordem implica uma certa desordem que ela vem reduzir.”

“O eu é odioso… mas trata-se do eu dos demais.”

“O objectivo profundo do artista é dar mais do que aquilo que tem.”

“O que nos força a mentir é o sentimento da impossibilidade de os outros compreenderem inteiramente a nossa ação. Mesmo a mentira mais complicada é mais simples que a verdade.”

“O espírito condena tudo o que não inveja.”

“O que tem sido acreditado por todos, e sempre, e em toda a parte, tem toda a probabilidade de ser falso.”

“Em poesia, trata-se, antes de mais nada, de fazer música com a própria dor, a qual directamente não importa.”